sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Hélio Pelegrino, Evelyn Rosenzweig, GM e CET-Rio

Imagine conviver com esse monstrengo diarimente
O arquiteto Hélio Pelegrino, já mencionado aqui diversas vezes, voltou a atacar essa semana. Sua criação “arquitetônica”, o Botequim Belmonte, abriu as portas do inferno, ou melhor, de seus horrendos refrigeradores que avançam descaradamente sobre a calçada numa vã tentativa de refrigerar o calor senegalês do seu estabelecimento. Tal manobra deixa à mostra a aparelhagem destinada ao Belmonte. Apesar desta transgressão, o resultado foi nulo, é só dar uma olhadinha para dentro do boteco que veremos os infelizes clientes bufando de calor, o que dá quase uma satisfação.

Pergunto-me que tipo de arquiteto projeta tamanha incompetência, aposto que o projeto original simplesmente colocava os aparelhos de ar-condicionado e exaustão do lado de fora, mas para não chocar fizeram um “armário”. Nunca vi tal solução, embutir diversos aparelhos que precisam ventilação dentro de um armário de ferro, o resultado foi óbvio, era só para inglês ver mesmo, no auge da necessidade as portas são abertas e danem-se todos.

Para quem nunca viu tal maravilha da arquitetura brasileira, precisa saber que ela avança sobre a calçada em direção ao prédio vizinho lançando seus ventos quentes, barulho e gordura diretamente no primeiro e segundo andar. Como é que tal coisa foi aprovada pela prefeitura que se diz tão rigorosa, e muitas vezes é, com as leis de construção para estabelecimentos particulares. Somos obrigados a conviver com isso, e de quebra temos que aturar esse arquiteto tirando onda de que se preocupa com qualquer coisa além de seu bolso, francamente... tá na hora dele abrir seu armário de horrores também e assumir quem é fato.

A colecionadora de títulos e cargos Sra. Evelyn Rosenzweig, Presidente da Associação Comercial, Presidente da Associação dos Moradores do Leblon e Presidente da Associação do Alto Leblon, há alguns dias atrás demonstrou que nem a própria rua conhece quando uma moradora da Rua Timóteo da Costa, onde ela reside, publicou no jornal O Globo fotos com os buracos deixados na via. A moradora pedia que se processasse o recapeamento para tapar o buraco aberto. 

Só após esse fato, a Senhora Evelyn providenciou um encontro com os canais competentes. Acho muito significativo que seja preciso esse tipo de alerta de uma moradora para que ela tome as necessárias providências. Se isso acontece nas suas proximidades, imagina como fica o resto do Leblon onde ela não costuma ir. Gostaríamos que a nossa presidente estivesse mais atenta ao bairro, onde muitos dos nossos problemas  inclusive os decorrentes das obras do metrô poderiam ser minimizados. Talvez essa coleção de títulos não esteja lhe ajudando muito e sim toldando a sua competência.

A Guarda Municipal provou mais uma vez que nada muda. Ao ser instalado o tão anunciado Choque de Ordem, com direito até a banda de música, a corporação da Guarda entrou no Bairro exigindo dos motoristas e da nossa praia um rigor compatível com os existentes em países adiantados.  Nada de carros nas esquinas, tolerância zero para quem não respeitasse placas de sinalização, proibição para a venda de alimentos nas praias por camelôs não cadastrados, nada de altinho, cachorros ou frescobol. Pouco tempo durou essa maravilha e hoje voltou tudo à estaca zero. O problema que eu considero mais sério é que a população não dispõe nem de tempo para internalizar essas regras e entender que viver de modo mais educado e civilizado é bom para todos. O que é registrado é: “guenta que esse negócio de ordem dura pouco”.


São várias aberrações como essa que invadem as ruas 
E por último, como não podia faltar, a CET-RIO volta a fazer vista grossa. Os moradores do Leblon não conseguem achar uma resposta plausível que permita compreender porque a empresa de vans escolares denominada TransMardamm faz das nossas ruas sua garagem particular. Para quem é atento, já foi observado que existem placas da CET-RIO colocadas em ruas onde se lê: proibido estacionamento de veículos de mais de duas toneladas. Estas vans têm seis toneladas e permanecem as férias inteiras no mesmo local, ocupando o lugar de oito ou mais vagas, que poderiam estar servindo para moradores ou visitantes.  Também não conseguimos compreender porque essa liberdade de estacionarem em ruas residenciais é permitida a essa empresa e é proibido para vans de transporte de passageiros. Na realidade, o que nós moradores chegamos à conclusão é que essa permissão não é tão clara assim, pois os locais escolhidos a dedo pelo proprietário das vans são ruas internas. Lá essa irregularidade tão chocante, ou melhor essa aberração que surgiu no bairro, não fica tão escancarada. Afinal, ainda podemos contar com certas autoridades que se preocupam com o bem estar dos moradores, com a ecologia e que não concordam com os abusos cometidos.  

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