sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Mais Presídios e Menos Escolas (Infelizmente)

Em nome de Deus ele faz o Diabo
Que a presidente perdeu o controle do governo, e a tentativa de trocar ministérios por apoio foi uma tragédia, anunciada, ninguém duvida, porém creio firmemente que mais grave do que isso é o que vem acontecendo, dia após dia, na Câmara dos Aloprados.

Logo após a população se entusiasmar com a Operação Lava-Jato, conduzida pelo juiz Sergio Moro, eis que surge na arena dos deputados um verdadeiro Baile da Ilha Fiscal (torcemos para que termine igual a Noite das Garrafadas).

Eduardo Cunha está confiante de que se sofresse um processo judicial, decorrente da Operação Lava-Jato, não teria seus direitos cassados pelo STF, pois há centenas de parlamentares na mesma situação gozando de pleno exercício político.

Esses argumentos estarrecedores e nocivos viraram um delírio coletivo. Os deputados, não todos felizmente, desejam anistiar pessoas que possuem dinheiro no exterior, independente da origem do mesmo. Tanto faz a procedência ser do fruto do seu trabalho, como de corrupção, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro ou qualquer imoralidade maior.

Se existe uma convocação para a população comparecer às ruas no dia 15, deve ser para nos posicionarmos formando um dique humano poderoso que possa conter e desestimular a tsunami de vergonha e perversão que se infiltrou em todo país. Se há milhares de pessoas sob suspeição de desestabilizar as nossas vidas provocando uma corrupção sem limites, quer seja político, funcionário público, senador ou qualquer pessoa inidônea em cargos públicos, têm que ser afastadas até que se 
prove sua inocência.

Podemos  lembrar, em épocas não tão distantes, do ex-presidente Itamar Franco que afastou do cargo Henrique Hargreaves, até que sua inocência fosse comprovada e ele retornasse ao seu posto.

A população está cabisbaixa ao constatar que figuras execráveis se mantem no poder graças à leniência do judiciário. Fantasiados de homens honestos, esses deputados ditam as leis, e algumas regras delirantes como essa do repatriamento do dinheiro.

Se o Brasil se gaba de ter enfrentado a Fome, devemos lutar agora contra a imoralidade e a perversão, sugiro o “Corrupção Zero”!


Até eu que sou adepta da educação, acho que este é o momento de se construir presídios ao invés de escolas. Está na hora destes debochados pagarem e nós pararmos de empurrar com a barriga. O Brasil precisa ser um país de verdade. Chega de presidente fake, políticos fake, ministérios fake. Queremos retidão, competência e pudor.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Nós os Cafetinados

A festa não para no país da corrupção
“O governo está rezando o terço no meio de um bordel” Palavras do senador Jader Barbalho do PMDB, defendendo que o governo tinha logo de dar os cargos para os partidos insatisfeitos e votar os vetos presidenciais. A ideia é promover a satisfação dos políticos através de cargos e salários. Por mais terrível que seja essa afirmação que dói até a alma e, nos deixa chocados, ela tem boa parte de verdade.

Essa afirmativa pode ser encontrada na situação do Presidente da Câmara, Eduardo Cunha, acusado de ter contas secretas na Suíça e que, segundo as informações, torrou milhares de dólares em viagens internacionais.

Este senhor, que deveria ser afastado imediatamente de seu cargo até que fosse julgado, virou o poderoso chefão cobiçado pelo Planalto. Cunha encontra-se em posição privilegiada por ter grande influência nas importantes pautas a serem votadas: o impeachment, os vetos e as conta do governo. Assim, vem sendo cortejado tanto por governo quanto oposição. Ambos os lados jogam um jogo sujo, dignos de um bordel.

Esmagados por ações descabidas e desonrosas, estamos nós cafetinados pelos donos do bordel através dos pesados impostos cobrados do nosso trabalho. Não é à toa que estamos presenciando a volta da vergonhosa CPMF, que vem mesmo a calhar para que o padrão mordômico não decaia.  Afinal de contas, os donos do bordel gostam de levar vida luxuosa, nababesca, próprias de um país de quinta categoria.

Contudo o Sr. Jader Barbalho, conhecido pelo seu currículo, foi até parcimonioso, porque não foi só o governo que virou um bordel, mas sim o Brasil todo.


Nós os cafetinados precisamos de melhores cuidados, não podemos desmaiar nas filas do Hospital Cardiológico de Laranjeiras, afinal como vamos sustentar os rufiões se estamos morrendo aos borbotões? Sugiro que fundemos a ASSOCIAÇÃO DOS CAFETINADOS DO BRASIL.

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

OS SEM VERGONHA

Parece uma feira e é, só que de imoralidades.
Viver uma crise não é tarefa fácil, ao contrário, exige grande dose de paciência, resignação e 
entendimento.

Sabemos muito bem os sacrifícios necessários para sobrevivê-la, mas quando estamos num casamento eternizado e indissolúvel com uma classe política tão deplorável, sem moral e sem vergonha, a crise se torna um completo desespero, capaz de levar a sociedade toda ao precipício da moralidade. Vivemos a exceção, onde o correto é o errado, e crime é a norma. Para tempos assim dizer a verdade é um ato revolucionário, como profetizado por George Orwell.

Faz parte dos meandros da política, de qualquer país, entendimentos entre o governo e as Câmaras de deputados e senadores para que os projetos possam fluir. Mas não é o que estamos presenciando, a luta por um ministério, por um cargo ou por uma benesse qualquer, parou o país que está quase em estado terminal. Briga-se pela última gota de sangue do moribundo. Mentem, trapaceiam, impõem nomes para ocupar cargos importantíssimos de pessoas que não possuem as credenciais e a qualificações necessárias para presidirem instituições de grande relevância para a população.

Enquanto isso, sentimos nossa qualidade de vida decaindo a cada dia, desassistidos em nossas necessidades básicas, apesar da elevada carga tributária que pagamos e que, pelo visto, não está dando conta de cobrir manobras cada vez mais sinistras. E esses mesmos imorais e sem credibilidade ainda acham que podem exigir que nós paguemos o pato calados e dóceis.

A avidez, a prepotência, o conluio ao crime, todos vestidos com terno e gravata, sugerindo respeito e elegância, deixam escancarado, sem nenhuma vergonha, que não estão preocupados conosco.

A capacidade de nos envergonharmos e com isso pautarmos nossas vidas de modo digno é fundamental para que qualquer organização floresça, desde a organização familiar, à organização política e governamental. Ela contribui para nossa dignidade na medida em que atos ilícitos, dos mais simples aos mais tenebrosos, sejam censurados. A naturalidade com que aceitamos todos os tipos de desvios, demonstra a degradação moral da nossa sociedade.

Há momentos em que penso que estamos num eterno carnaval quando o assunto é moralidade:
São três dias de folia e brincadeira
Você pra lá e eu para cá
Até quarta-feira  



sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Pátria Mercadora

600 mil tablets de baixíssima qualidade
que não ajudam na melhoria das aulas 
Fica difícil avaliar qual a maior aberração da nossa tão propalada democracia. Tão grave quanto as pedaladas, a corrupção institucionalizada, o autoritarismo do governo, temos de enfrentar a retirada do Ministro Janine e sua substituição pelo economista Aloízio Mercadante. 

A Pátria Educadora, que durou menos de 6 meses, deve agora voltar a reverenciar esse grande estrategista da educação. Mercadante não é novo na pasta, em 2012 teve uma passagem pela Educação onde ficou famoso por ter a magnífica ideia de comprar 600 mil tablets para os professores do ensino médio da rede pública, no valor de R$150 milhões. A pergunta é: a próxima compra de equipamentos com será com a companheira Luiza Trajano na Magazine Luiza?


Mais uma vez a política de Educação no Brasil serve a seu propósito: moeda de troca no jogo do poder e emburrecimento do povo. Eita Pátria Educadora!