sábado, 30 de abril de 2016

O Inferno Astral do Rio tem um nome: Eduardo Paes

Mais uma obra Olímpica com péssima qualidade
Não temos dúvidas de que o prefeito é trabalhador, a despreparada cidade do Rio foi irresponsavelmente escolhida como sede de eventos importantíssimos, culminando com as Olimpíadas. Organizar a cidade para várias competições, incluindo esta última, significa um planejamento minucioso e obras de grande vulto, um trabalho realmente hercúleo. Entretanto Eduardo Paes resolveu ir muito além, quis transformar a cidade toda, excedendo o que poderia fazer, até porque pelo visto não conta com secretarias atuantes, evidenciado pelo caráter centralizador. Algumas características de sua pessoa me chamam atenção, a princípio as mais graves são a vaidade e a soberba que atrapalham a sua visão da realidade, de modo que ele passou a focar apenas nos seus objetivos pessoais, distanciando-se da população que paga os impostos. A incapacidade de ouvir do prefeito é óbvia, exemplificada na resistência em dar importância aos arquitetos, moradores e engenheiros que alertavam sobre a forma como as construções eram erguidas. Houve muita discordância também quanto à ciclovia que ameaçava o cartão postal do Rio, a deslumbrante paisagem vista da Avenida Niemeyer. A população que tem amargado com as carências da cidade, pagou para ver os desejos do prefeito serem realizados. A pressa em resolver tudo a que a se propôs e a responsabilidade deixada nas mãos das construtoras com projetos básicos, sem o projeto executivo, convergiram para obras com acabamento lamentável e a terrível queda da ciclovia com perdas de vidas. O prefeito sempre se considerou, e foi acompanhado por muitos, a estrela brilhante do Rio. Onde ficaram os seus satélites? Pelo visto não fiscalizaram as obras, não cuidaram dos atributos necessários para que o Rio possa se orgulhar de ser a cidade maravilhosa. Inferno Astral? Não, imprudente vontade de deixar seu nome na História. Ainda bem que o mandato está perto do fim, não sei se sobreviveríamos mais alguns anos assim. #TchauQuerido

sexta-feira, 22 de abril de 2016

O Desabamento da Ciclovia de R$44 milhões

A ciclovia da Avenida Niemeyer, obra caríssima da prefeitura do Rio já tratada anteriormente por nós, criada para o prazer dos ciclistas, não podia terminar em tragédia. Lamento profundamente pelas pessoas que perderam suas vidas e somos solidários com suas famílias.

O desabamento da ciclovia foi destaque na imprensa internacional que colocou em cheque a capacidade e credibilidade da cidade em realizar os jogos Olímpicos de Agosto. Como se já não bastassem as fracas vendas de ingressos no exterior, Zika, microcefalia, Chikungunya, surto de H1N1, violência e o cenário político instável com a presidente falando em golpe(!), mais um fator negativo surge nessa reta final aos jogos. Afinal, estariam as outras obras Olímpicas também em risco?

Além de possíveis falhas no projeto e execução, não podemos deixar de mencionar a falha da Geo Rio que é responsável pela fiscalização que, pelo visto, não executou seu trabalho. Quem me acompanha sabe que sempre chamo atenção para o descaso com viadutos, pontes e tudo que necessite de conservação.  O Elevado do Joá só não caiu devido à nossa insistência pela recuperação do mesmo, quando a COPPE anunciou o seu desgaste.

Mesmo se não houvesse o desabamento da ciclovia, as ondas que invadiam as vias seriam capazes de derrubar as pessoas e causar acidentes graves. Impensável não haver nenhum tipo de orientação, contingenciamento e controle do tráfego na região. Como exemplo, esse tipo de ação é muito comum na ponte Rio-Niterói, mas ninguém pensou nisso porque não estão acostumados a pensar na população.


Essa parece ser a marca do prefeito Eduardo Paes, um sem número de obras, algumas desnecessárias, sem consulta pública, alterações sem planejamento e contratos muito suspeitos. Com o tempo limitado e a pressa em terminar as obras, o acabamento fica precário deixando dúvidas sobre sua qualidade. Uma lástima tudo isso. 

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Depois do Impeachment

Está se encaminhando o impeachment da Presidente. Mesmo que ela sobreviva, a governabilidade estará muito comprometida. Independentemente do resultado, na minha opinião, o Brasil terá um difícil caminho pela frente. A operação Lava Jato nos trouxe números alarmantes, segundo um renomado colunista do Jornal O Globo, foram contabilizados 42.8 bilhões de dinheiro desviado, 6.4 bilhões de propina, 21.8 bilhões de pedido de ressarcimento, 2.9 bilhões de dinheiro recuperado, 659 milhões de dinheiro repatriado e 2.4 bilhões de valores bloqueados. Isso sem falar em outros escândalos que estão por vir (ex. BNDES, Correios e etc.). Considero a corrupção um dos mais graves atos praticados contra a população. Ela é financiadora do atraso do país, influência a miséria, autoriza a população a roubar e, quando se associa à péssima gestão, tem como resultado a quebra de uma nação. As contas públicas estão lastimáveis, a dívida pública explodiu e uma verdadeira sangria deverá ser feita, algo que historicamente é muito impopular, mas necessário. Quem quer que fique terá de resolver essa situação. Do outro lado, temos uma das piores recessões já vividas. A economia está encolhendo e com isso milhões de empregos estão sendo perdidos. Além de tudo, há uma grave crise de confiança no futuro do país que afasta investimentos de longo prazo. O primeiro passo do governo federal deveria ser rever a quantidade de ministérios, os milhares de cargos comissionados, e rever os contratos das empreiteiras, donas do país, que executam obras sem o devido planejamento completo, onerando os cofres públicos. Considero vergonhoso os três poderes da república utilizarem milhares de carros com motoristas recebendo salários acima de médicos ou professores, fato degradante, pago com o nosso dinheiro. O atraso de um país se mede, também, pela frota oficial. Apesar de serem cifras pequenas frente ao monstruoso déficit público, é uma questão que tem grande valor simbólico. O que eu desejo é que não devemos passar por esse triste caminho sozinhos. Quem ficar na Presidência precisará cuidar do dinheiro que é nosso, escolher pessoas dignas, competentes, adequadas ao cargo que ocupem e qualquer desvio precisa ser punido. O impeachment não é uma solução mágica, o Brasil não se resolverá facilmente, aliás foi essa crença que nos colocou onde estamos agora. Será necessária a vigília constante e continuar exigindo do governo padrões dignos de comportamento. E para de fato virarmos a página, a Operação Lava Jato não pode acabar em pizza, o núcleo político precisa ser punido. Nós seremos a mudança de padrões de comportamento, sem violência, só com a nossa voz que é poderosa.

sexta-feira, 8 de abril de 2016

VLT do Rio de Janeiro

A necessidade do VLT no Centro do Rio é uma questão que divide opiniões.
Penso que o que não se pode discutir é o absurdo do montante de dinheiro que essa obra consumiu. O VLT percorrerá 28 km ao custo de insensatos R$41 milhões por km.
NO TOTAL, UM BILHÃO E CENTO E SESSENTA E SETE MILHÕES DE REAIS (R$1.167.000.000,00).
O que vocês acham que poderíamos ter feito com esse volume de dinheiro para a nossa cidade, tão linda, mas inteiramente saturada?

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Não somos amigos do "Rei"

Aos amigos do “Rei” tudo é possível. Na rua Dias Ferreira com Gal. Urquiza foi inaugurado mais um Bar, o Rabi. Não é necessário dizer que é mais uma aberração que “premia” o Leblon, bairro outrora residencial, cujos moradores já estão castigados pelas dezenas de botecos que causam grande confusão. Alegria dos visitantes que submetidos ao álcool não conseguem controlar o barulho e desespero nosso que perdemos o sagrado direito de dormir.
A coisa mais interessante foi a preparação para a inauguração desse novo boteco. A COMLURB deu o ar de sua graça e podou, à sua maneira grotesca, todas as árvores deste trecho entre Dias Ferreira e Gal. Urquiza. Gostaria de lembrar que a escritora Heloisa Seixas em um artigo no Jornal O Globo e eu, através da internet, sempre pedimos essa poda, mas nós não fomos ouvidas.
Magicamente essa e outras providências reclamadas por mim há anos, mas nunca atendidas, rapidamente foram executadas ao interesse deste novo bar. Retiraram até a carroça e o carro do Tio Sam! Dizem os moradores que também incomoda ao boteco a existência de um ponto de táxis, esse deve ser o possível próximo da lista...
A vinte metros do Rabi existe a rua Des. Alfredo Russel, castigada pelas chuvas de novembro que derrubaram três árvores deixando em seu rastro calçadas quebradas, portões de prédios inutilizados e erva-de-passarinho matando as lindas árvores que sobraram. Aqui nada foi feito, a COMLURB mal passa aqui.
Nós os moradores que não nos cansamos de reclamar, somos contribuintes, mas não somos amigos do “Rei”, por isso estamos à nossa própria sorte.