sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

A Semente do Amanhã

Desejo que o Novo Ano possa nos fazer pessoas melhores.

Que a nossa força interior nos ajude a enfrentar os desafios que certamente estarão por vir.

Que haja unidade e não divisão, afinal somos todos brasileiros, independentes da classe social a que pertencemos.

Que possamos emitir nossas opiniões, após um juízo crítico e não intempestivo.

Que seja possível ouvir nosso interlocutor, mesmo que ele tenha opinião diversa.

Que seja possível que nosso olhar abranja todos os brasileiros, especialmente aqueles em situação calamitosa.

Que saiamos de nós mesmos e possamos retomar o espírito do bairro e até da rua. Não seria a indiferença um dos piores males?

Que além da razão, que é importantíssima, não falte a compaixão e o respeito ao próximo.
Em 2017 as provações irão continuar, mas apesar de tudo espero que essas adversidades façam aflorar nossos melhores sentimentos.

Paz a todos vocês e ano que vem nossa luta continua.

Beijos,
Marbel

sábado, 17 de dezembro de 2016

Um Golpe Contra Quem Não Pode Se Defender

Continuamente me refiro aos salários vergonhosos pagos aos trabalhadores do nosso pais, com exceção é claro dos políticos e parlamentares. A estes é dado um teto muito acima dos padrões brasileiros, acrescidos de absurdas mordomias.

A previdência já passou uma reforma onde os trabalhadores aposentados sofreram um terrível baque e agora uma nova degola está no forno.

Acho que a aposentadoria aos 65 anos é válida, mas só atingir o teto após muitos anos mais de trabalho é inacreditável. A degola tem fatores impossíveis de serem aceitos e bate na tecla de que os brasileiros não são iguais, a casta dos privilegiados, como sempre, será poupada.

Estamos em uma tremenda recessão com impostos altos, sempre repassados ao consumidor. Há muito tempo perdemos nosso poder de compra, o básico parece que se tornou artigo de luxo.

Situação delicadíssima é a dos idosos. Imagine só um casal de idosos que trabalharam e contribuíram a vida inteira. Se um deles falecer, o outro receberá uma das ridículas aposentadorias.
Não foi isso o combinado durante décadas. O pouco que eles recebiam na ativa não daria para pagar uma previdência privada, afinal já pagavam a pública.

Eu penso também no impacto econômico, grande parte dos lares do Brasil é sustentado por aposentadorias. Isso vai ser um tiro no pé! Não temos um comércio exterior tão robusto, ao contrário, possivelmente com a eleição de Trump poderemos ter ainda mais dificuldades.

Isso é uma tremenda covardia! A injustiça muitas vezes é a raiz da violência. Além de não existir emprego nem para os jovens, imagine para quem tem 80 anos ou mais, sempre lembrando que a capacidade laborativa muitas vezes é quase nula, a saúde é debilitada, pagando por remédios caríssimos e etc.

Todos esses pontos precisam ser repensados, com soluções para todos ou teremos uma convulsão social.

sábado, 10 de dezembro de 2016

Subserviência do STF

Tive o mais absoluto nojo da última votação do STF na qual manteve o senador Renan no cargo, meus instintos mais primitivos QUASE vierem à tona frente tamanha afronta.

A insensatez fez com que a mais alta corte do país mudasse seu voto, e talvez com isso, tentando garantir a votação das propostas do governo.

Não é possível que temos de subverter a ordem das coisas para que a política esteja acima de tudo, de princípios verdadeiros, da crença na independência do judiciário, da obediência aos mandados judiciais.

Saiu vitorioso o mais arrogante senador que este país já teve, cuja ousadia é pautada na certeza de sua impunidade. Ao declarar que não acataria a decisão da justiça de se afastar da presidência da câmara ou ao berrar com toda força dos seus pulmões que ele tirou Paulo Bernardo da prisão, graças ao pedido feito ao juiz Toffoli, demonstra o grande poder que tem sobre o judiciário.

O que poderia acontecer se o seu suplente, senador Jorge Viana, fosse nomeado presidente do senado? Prenderia a pauta dos gastos públicos? Seria isso possível? Ainda assim, creio que é melhor do que assistir à subserviência do judiciário. O bendito problema econômico, do qual Não Fomos Responsáveis, sai atropelando a dignidade do brasileiro.

Foram buscar Sarney e Fernando Henrique para que a subversão fosse bem patrocinada, mas ninguém poderá suprimir a causa e efeito. O efeito é muito grave, e recai sobre todos nós. Demonstra que a noção de que todos são iguais perante a lei não é verdadeira, demonstra que tudo pode ser feito, sem medir consequências e que a perversão da ordem natural dos fatos é uma constante.

Coitado dos pais que se matam para ensinar as mais simples das coisas, ou seja, existe o certo e o errado, o bem e o mal, enquanto os fatos demonstram que tudo depende da situação e que os conceitos podem mudar de uma hora para outra, desde que atenda aos poderosos do país.

A pressa é inimiga da perfeição, tanto que saiu bem arranhada, infelizmente, o nosso judiciário. Acho que é o momento dos juízes tentarem se manter coerentes na defesa da ordem e rejeitar politizações. Certamente este não é seu papel.

sábado, 3 de dezembro de 2016

A DUPLA do MAL

Nós brasileiros precisamos sair dessa verdadeira prisão que o congresso nos impõe, principalmente porque são eles que deveriam estar cerceados. Esse é um momento histórico, impossível de ser desprezado. Vamos todos à passeata domingo protestar contra esses grilhões que amarram nossas vidas e retiram nosso sossego. A Câmara, durante a madrugada, tal como ratos, roeu a bandeira da decência.

Passávamos pela perda de nossos jovens jogadores e jornalistas, vítimas de uma empresa aérea capenga que traumatizou o país, e aproveitando-se desse momento de comoção nacional, nossos deputados, ameaçados pela Lava Jato, se aproveitaram para repudiar nossas pretensões. Eles desfiguraram o projeto de combate à corrupção.

Não podemos ser cúmplices dessa distorção que beneficia toda a classe política, autorizando-a a manter a vergonhosa corrupção, a impunidade e a licença para legislar em causa própria. A Lava Jato constitui uma ameaça aos padrões indecorosos de vida que eles pleiteiam, enquanto a população de forma recorrente cobre os buracos financeiros.

Há algumas semanas venho lamentando a postura de Rodrigo Maia e, dessa vez a sua união com Renan e sempre salvo por Toffoli, ficou acima da minha capacidade de suportar essa coligação do mal. Acho que precisamos ter a lista de todos que votaram contra o país, incluindo os representantes do Rio de Janeiro e candidatos a Prefeito, Pedro Paulo, Indio da Costa e Jandira Feghali.

A população é bombardeada com tanta turbulência que acaba se esquecendo dos traidores da Pátria. Alguém se lembrava que Geddel era o Anão do Orçamento e que em todos os governos ocupa cargo de confiança?

Aqueles que forem contrários às nossas pretensões de moralidade e decência na política, certamente, não deveriam ser nossos candidatos. A lista saiu nas redes sociais e em todos os meios de comunicação.

Não precisamos depender da Justiça, vamos nós mesmo cassá-los definitivamente, fazendo uma campanha ininterrupta contra votos dados à bandidagem. Só estaremos salvos se nos dispusermos a trabalhar por essa tarefa.

Domingo estaremos todos nas ruas!

sábado, 26 de novembro de 2016

Geddel... JÁ DEU!

A preservação do patrimônio histórico não é muito difundida entre o nosso povo, entretanto é deplorável que parta do Planalto uma intenção de se alterar a legislação de determinada área preservada na Bahia para atender interesses pessoais. É um tremendo desrespeito aos brasileiros.

Não poderia deixar de parabenizar o ex-Ministro da Cultura Marcelo Calero.  O diplomata de carreira denunciou o agora ex-ministro Geddel de pressioná-lo para liberação da construção de um prédio onde ele teria um apartamento.

O empreendimento fica na Ladeira da Barra, área tombada pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Geddel tentava negociar o destombamento para a construção do edifício La Vue (“A Vista” em francês, até o nome é uma piada) de 23 andares, em local onde o máximo autorizado eram 13.

Essa construção causaria um impacto urbanístico no entorno, onde existem construções preservadas devido ao estilo e beleza, danificando a paisagem natural e ferindo o patrimônio histórico de Salvador, segundo o Ministério público.

O Brasil não consegue perder o ranço das oligarquias e o tráfico de influência continua correndo solto. Não importa o prejuízo decorrente dessa construção, afinal o Todo Poderoso (ex) Ministro Geddel desejava que a obra de seu interesse, já embargada, pudesse continuar.

Claro que toda essa vergonhosa celeuma mostrou o quanto podemos acreditar em Calero que perdeu o cargo, mas manteve a dignidade e corajosamente defendeu o patrimônio histórico.

Devemos ficar alerta com o Rodrigo Maia, ocupando a presidência da Câmara. Suas declarações foram bombásticas: a primeira que o Parlamento precisa de Geddel no governo, e a segunda que Calero queria desestabilizar o país. Para Maia, a governabilidade vem antes da moralidade...

Rodrigo Maia, cujo pai é tão preocupado com a preservação do meio ambiente e patrimônio histórico, precisa se comportar ouvindo os anseios dos brasileiros e não prosseguir em sua carreira como praticante de conchavos, igual ao seu antecessor.

Os velhos políticos ainda não entenderam que o povo não suporta mais nenhum tipo protecionismo, nenhum tráfico de influência, nenhuma escandalosa mordomia, nenhum desrespeito às áreas de proteção ambiental, já chega!

Tudo isso é o que desestabiliza o Brasil, que torna a nossa vida aviltante, que desprestigia a imensa população desse país em detrimento de meia dúzia de aproveitadores.

Outro que estaremos de olho é no Temer... Em 6 meses de governos diversos ministros já caíram, e agora esse desgaste enorme no caso Geddel. Estaremos atentos se ele irá cumprir sua promessa de vetar o caixa dois caso ele seja aprovado no congresso.

sábado, 19 de novembro de 2016

O vento da Mudança

A ventania que assolou o Rio parece tentar varrer a podridão deixada por Sérgio Cabral e Anthony Garotinho. Em cada foto do jornal, em cada conversa, o alívio. Vingança? Não, um misto de tristeza e justiça, mais um basta na corrupção dos dois, que embora diferentes, são graves.

Varre vento a leniência de alguns juízes que, durante décadas fizeram vista grossa, diante dos crimes dos políticos de colarinho branco que saquearam o dinheiro do povo! Políticos esses que descuidaram da educação, responsável pelo progresso de qualquer país, e apostaram na certeza de que com o chequinho cidadão manteriam seus cargos, suas dinastias, aplacariam suas consciências e manteriam as mentes fechadas a qualquer questionamento.

Que leve consigo a ambição doentia que ataca os eleitos pelo povo e que se apossam de seus postos de mando para viverem como príncipes, em um mundo encantado quase psicótico que criaram. São tão distantes da realidade da maioria da população que vive de forma indigna, ano após ano, carecendo de necessidades básicas. A ânsia por uma vida glamorosa desvia a atenção de uma gestão planejada e cuidadosa que beneficie quem os elegeu.

Que o vento carregue a desesperança que se abateu sobre essa cidade, dita maravilhosa, vítima da propina que insiste em abusar dos seus símbolos, como o Maracanã, um passaporte para a bandidagem. Embarcaram, também, os empreiteiros que compactuaram com essa vergonha. Não podemos deixar que as empresas culpadas voltem a negociar com o Estado, pois acho difícil que pessoas acostumadas a se portar de forma ilícita se tornem bons samaritanos.  

Que a ventania traga de volta para a população os benefícios das isenções fiscais que a ela pertencem, e purguem as distorções que favorecem os amigos do rei. Que se desfaça o ambiente insano criado quando o público e o privado se misturam de maneira perversa.

Varre vento da alma desse povo, que viu seu Estado ruir, o desespero e a angústia ao de ter seus salários pagos em sete vezes ou até não pagos e a incerteza do amanhã que virá.

Que essa ventania acabe com os políticos que desejam destruir a Lava Jato, comprometidos com toda sorte de desvios de dinheiro, com processos e mais processos nas costas que estão com medo de serem presos.

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

A Legalidade ou Ilegalidade das Ocupações

Diante da situação das escolas ocupadas, às vésperas do ENEM, um juiz determinou que se cortasse o gás e a luz. Fica fácil adivinhar que, na atual conjuntura, ele foi equiparado a um torturador.

Os alunos estão protestando contra a Medida Provisória 746 referente às mudanças na educação. Assunto da mais alta importância que precisa ser bem discutido. Além dos alunos, alguns movimentos sociais se aproveitam das ocupações por também se oporem à PEC 241 que limita gastos públicos.

Considero legítimo o direito de protestar, de fazer greves e passeatas, desde que elas não interfiram diretamente com a população ou com seus direitos. Esses movimentos de ocupação não representam a totalidade dos alunos, nem sequer sua maioria. Mesmo que fossem legitimamente representativos, eles não teriam o direito de se impor sobre os demais estudantes.

Entretanto, nesse momento, essa greve me parece muito acima do limite desejado e já está afetando o calendário do ENEM. Cabe aos governantes pensarem que essa prova, por questões de justiça, deveria ser feita por todos os alunos no mesmo dia e hora. Não é por acaso que os portões se fecham às oito horas.

É importante que o governo proteja os postulantes às Universidades de mais emoções. Os alunos que farão o ENEM passam por anos intensos de estudo e ao desgaste emocional e psicológico do dia da prova. Como se não fosse o suficiente, junta-se a isso essa indefinição de última hora – farão ou não a seleção? Hoje saiu a resposta, onde há escolas ocupadas não haverá prova.

Entendo que é responsabilidade do governo ajudar aos grevistas a amadurecerem, a serem cidadãos que entendam que os seus direitos terminam quando avançam sobre os direitos dos outros, senão estaremos sendo coniventes com a ideia de que tudo é permitido, mantendo um infantilismo e uma onipotência à prova de qualquer coisa. A vida não é nenhum Xangri-lá, há fatores adversos e precisamos nos preparar para enfrenta-los.

Estamos criando jovens para conviverem em sociedade ou preparando-os para a anarquia?

Direitos humanos são para todos, não só para um grupo grevista.

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

A Consequência da Não Escolha

Estou vendo muita insatisfação com as opções de candidatos. Temos dois pretendentes ao cargo de Prefeito que não estão agradando à grande parte da população. É preciso lembrar que nós chegamos a essa situação graças a grande apatia de 1 milhão 866 mil eleitores que votaram branco, nulo ou não foram às urnas.

Esses eleitores correspondem à 31% dos votos válidos, sinal de que algo muito errado está acontecendo. Havia outras opções melhores, mas agora é tarde para o arrependimento.

Não sou a favor à abstenção, sei muito bem que é uma forma de protesto e inconformismo contra candidatos que não representam a vontade do eleitor, mas considero que mesmo assim devemos votar.

Precisamos assumir a responsabilidade da escolha, porque é muito fácil reclamar sem se comprometer.

Domingo votem!

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Lava Jato chega em Sergio Cabral

Custou mas chegou ao nosso conhecimento, sob a forma de delação, a promiscuidade entre Sergio Cabral, ex. Governador do Rio, e Fernando Cavendish, dono da Delta Construções, encarregado de obras milionárias no nosso Estado.

Entre passeios nos elegantes circuito Paris-Mônaco, Sergio e Cavendish usaram e abusaram do direito de desrespeitar o povo. Hotéis caríssimos, jantares, nem se fala, em restaurantes três estrelas, eram a “première” de obras que nos custariam mais de$ 538 milhões.

Não pararam aí os mimos, para Cabral uma Land Rover e para sua esposa um anel Van Cleef & Arpels, joalheria de milionários árabes, no valor de 800 mil reais. Quando a situação do empreiteiro começou a se complicar, o sabido Sergio devolveu o anel e terminou a amizade de muitos anos, assim como os inúmeros passeios de luxo.

O que passa na cabeça de uma pessoa como Cabral ao se permitir tamanha orgia com os cofres públicos? A certeza da impunidade, a onipotência ao se considerar dono do Estado, a insensatez relativa aos danos causados à população, a apatia do povo, a falta de sensibilidade ou à perversidade mesmo? Quem sabe é um pouco de tudo...

Mas a corrupção mata, ela deixa no seu rastro hospitais sem verba e sem médicos, escolas muito aquém das necessárias, crianças nas ruas, enquanto os nossos impostos são desviados para que ele possa usufruir da vida de milionário. As finanças do Estado ficaram em situação tão crítica que bastou uma queda na arrecadação dos royalties do petróleo para tudo ruir em uma tremenda crise.

Não dá nem para engolir que seu jovem filho ainda foi eleito deputado federal, depois de tudo que passamos.

E ainda vem mais por aí, agora a Odebrecht o acusa de cobrar propina de 5% do total do contrato da construção fabulosa do “novo” Maracanã, que está em sua terceira reforma em 10 anos.

Mais importante do que ele preso é o dinheiro devolvido, os trabalhadores do Rio não merecem ficar sem seus salários, nem a cidade padecer de tremenda insegurança. Falta verba para tudo. Nota máxima para minha indignação.

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Da Escola à Calçada Está tudo Abandonado

Se a Escola é um lugar de cuidado e em frente a ela existe tamanho descuido, que mensagem estamos passando para as crianças?

Esse é mais um sinal de abandono das calçadas. Em frente a Escola Municipal George Pfisterer no Leblon, onde as raízes destruíram o passeio, estamos colocando em risco quem passa por lá, especialmente os idosos.

O fato concreto tem muito mais poder sobre as crianças do que qualquer discurso. Se nem cuidamos da calçada, como queremos que elas aprendam o cuidado que se deve ter?



sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Segundo Turno: Entre a Cruz e o Martelo

O carioca anda na contramão do resto do Brasil. Sempre muito vaidoso da linda cidade onde mora, mas geralmente não tem cuidado com ela. O resultado da votação para prefeito em primeiro turno descortina um cenário nebuloso.

Lutamos muito nas passeatas por um Rio melhor, longe da corrupção, da politicagem, cujo foco seria a dedicação ao cidadão que aqui reside e que está desassistido em todos os itens necessários à uma vida razoável.

Perdemos bons candidatos e teremos de escolher entre um socialista e um religioso, nada tenho contra ser religioso, mas estou mostrando a discrepância.

O atraso chegou com rapidez ao Rio, quando o socialismo está se esvaindo na Venezuela, onde diz uma amiga, não tem nem cachorro de rua para se comer, nós aqui estamos apostando nele e trazendo com o candidato o que acabamos de expurgar no Brasil, o PT responsável pela ruína do país.
É o candidato da maioria dos universitários que adoram se exibir de esquerda, vanguardistas, mas assim que entram na Universidade, ganham um carro para se livrar do convívio dos ônibus com os menos favorecidos. São seus eleitores, também, os artistas fascinados pelo socialismo, que aliás são muito beneficiados.

O programa de Educação de Freixo por ex. prevê uma multiplicidade de itens, o que certamente levaríamos dez anos para que as propostas fossem cumpridas e não quatro. A direção da escola será escolhida de forma direta, isto é por professores, corpo administrativo e alunos. Também as escolas terão autonomia pedagógica. Tudo bem “democrático”.

Crivella me parece mais realista na área educativa, propondo parcerias público-privada nas escolas, de modo que a parte pedagógica e a merenda ficaria a cargo da prefeitura e a parte administrativa e conservação com o parceiro privado. Também não se propõe à construção de escolas, mas a reformar as que existem.

A meritocracia seria critério para aumento de salário para os profissionais. Suas propostas, possíveis de serem executadas, teriam o prazo de seu governo.

Entretanto Crivella tem três carmas, é sobrinho do Bispo Macedo, se uniu ao Garotinho e tem o apoio do oportunista Lindberg. Quem deve ocupar um cargo deve ser a Clarisse Garotinho, ruim, mas não péssimo como seu pai. Dou um certo desconto porque os outros partidos têm vergonha de fazer coligação com um Bispo.

Estamos numa sinuca de bico, entre a cruz e o martelo...

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

As Flores do Lamaçal

Estamos na primavera e nas vésperas das eleições, mas o Rio de Janeiro não é uma cidade florida. As flores enfeitam a vida e enchem nossos olhos de beleza, mas em seu lugar brota o desmatamento e casebres, muitas vezes na linha do trem, como está acontecendo em Maria da Graça.

O Rio, de deslumbrante beleza, possui alguns bairros razoáveis, mas é envolvido por um grande favelão onde não vicejam as flores, mas sim uma praga: o crime organizado, as milícias, as cobranças de pedágio e onde muitas vezes policiais acabam se misturando aos marginais.

Nos lugares onde falta o básico para se viver com respeito, sobra terreno para o exercício da bandidagem. Fez muito bem a Rocinha, lugar aonde ainda existe grande número de tuberculosos, de não aceitar a oferta de um teleférico, pois precisavam de saneamento básico.

Há muito tempo o Secretário Beltrame vem avisando de que UPP sem os serviços sociais estariam fadadas ao insucesso, mas a demagogia é outra vilã não dá flores e adubam o solo para bandidos.
Os candidatos a Prefeito como sempre, nos informam que vão colocar Guarda Municipal nas ruas, como fez Eduardo Paes durante um mês. Não há contingente de policiais suficientes, você anda quilômetros e constata que o policiamento é zero. De fato, o Estado sozinho é incapaz de cuidar da segurança pública do município, e a prefeitura precisa fazer mais.

Estamos enxugando gelo, voltaram à praça os antigos arrastões, assaltos nas ruas, nos ônibus, vandalismos absurdos no BRT e tudo mais que deixa o cidadão de bem à mercê dos marginais.

Eu espero realmente que algum candidato creia que a urbanização da favela é uma das mais urgentes coisas a se fazer e inclusive impedir o desmatamento desenfreado que se deu no Rio nos últimos oito anos. O poder público tem obrigações que não podem ser cedidas ao tráfico. Colocar essas crianças que fazem rolezinho estudando, chamando os pais à responsabilidade também é uma solução urgente.

Precisamos de um candidato sensível que se lembre que as favelas são frutos de inoperantes políticos e que pense que só teremos segurança quando todos os cidadãos forem tratados com respeito e dignidade. Sinceramente, me cansa ver a falta de percepção do óbvio, não sei se por ganância, falta de coragem, negação, medo, ou achar que não vale a pena investir em pobre.

Sei que o desencanto é grande, o meu também é, mas NÃO DEIXEM DE VOTAR, caso contrário seu voto irá para outro, que talvez não possa nos ajudar em nada. Há candidatos sérios, e que parecem mais próximos da população. Chega de VLT milionários, uma fortuna, que poderia ser direcionada às carências da cidade.

Agora depois das Olimpíadas e das Eleições, o Rio pode entrar numa era das trevas, com saída dos reforços federais de policiamento e a falência completa do Estado, temos que ter muito cuidado para que o banditismo não tome conta de vez. A festa finalmente acabou, e o próximo prefeito terá o ingrato papel de segurar as pontas com que o sobrou.

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

A Difícil Escolha do Rio

Os candidatos à eleição para a prefeitura do Rio estão colhendo os frutos dos muitos anos de afastamento do eleitorado.

Estamos às vésperas das eleições e a angústia toma conta de nossas mentes. Há pelo menos três candidatos sérios, honestos e que possivelmente poderiam fazer alguma coisa pela cidade, mas o descrédito continua firme.

Cansamos de obras descontinuadas, cada um querendo deixar sua marca e colocar placas com seu nome.

Eduardo Paes teve oito anos de governo, nos quatro últimos teve a frente um árduo trabalho. Construiu o Metrô, Boulevard Olímpico e Arenas, mas exorbitou, deixando para trás segmentos muito importantes. Dos seus 29 Secretários, com toda a despesa que isso acarreta, pouquíssimos funcionaram, ou seja, precisava distribuir cargos para devolver apoio político e, com isso executar o que viesse em sua cabeça, sem ouvir os apelos da população. Gastou-se horrores.

Não desejamos mais orgias de dinheiro, não desejamos pessoas despreparadas, mas sim especialistas, pessoas que projetam as atividades, desde trajetos de ônibus até educação. Precisamos de transporte de massa de verdade, que funcione de modo a desentupir as ruas e despoluir o ar.

Em relação à educação, não bastam construir escolas, mas restaurar as antigas que nos fazem doer a alma e principalmente precisamos de professores melhores capacitados.

Muitos se lembram do antigo Instituto de Educação onde se formavam professores. O magistério era seguido por uma elite intelectual, com excelentes salários, um estímulo para especializações futuras.

Precisa ser um herói para dar aulas hoje em dia, muitos não conseguem se motivar e os alunos mal preparados fazem da sala de aula um campo de batalha.

Também precisamos de médicos e para isso dependemos do governo Federal, mas não de cubanos, que se diziam médicos, mas que eram técnicos, uma das farsas do governo anterior. As UPAS estão aí e cadê os médicos?

Não precisamos de ônibus de graça, mas de bons ônibus e nem de vans nas ruas, a menos que fossem integradoras, e levassem moradores que andam muito até a condução próxima, e nem de escolas novas, se ainda não temos bons professores e um currículo adequado.

Infelizmente temos de começar do princípio, mas quem se candidata a enfrentar essa triste realidade?

Insisto que com tudo isso devemos votar, naqueles que nos indiquem que poderão ser bons gestores.

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

A Interdependência Entre os Poderes

Acho bom que os mandatários do Brasil percebam a ojeriza que estão causando à população. Além de ficarem de costas para o povo, ainda têm como agravante o fato de serem todos protegidos pelo foro privilegiado, ou seja, só poderão ser julgados pelo STF.

Embora os valores éticos não façam parte do currículo desse “seletíssimo” grupo de privilegiados, com raras exceções, o que me chama a atenção é a impunidade. Fico espantada ao verificar que o Senador Renan, mais parecido com um Coronel do Nordeste, ainda seja presidente do Senado da República. Apesar de ser réu em vários processos, continua mandando e desmandando, exibindo uma postura de extrema arrogância, travestido de honestidade.

Fato inusitado aconteceu durante a cassação de Dilma. Renan ouviu de Gleisi que os senadores não tinham moral para julgar Dilma. Tamanha provocação levou o presidente do Senado ao desespero e, aos gritos, declarou ao vivo, em rede de televisão, que ela e o marido Paulo Bernardo (aquele que incluía nos contracheques dos endividados uma porcentagem para ele e seus companheiros) foram salvos por ele! Lembrando-lhe o pedido feito ao ministro Dias Tofolli com o objetivo de soltar o preso Paulo Bernardo e que ela não fosse investigada pela Lava Jato.

Confissão lamentável que desnuda a personalidade de Renan, impune, mostrando seu livre trânsito no STF e inclusive podendo obter vantagens para seus amigos. Se achando Todo Poderoso, não conseguiu se conter e acabou incluindo como membro do Supremo, o Tofolli, o que nos leva a pensar que a imparcialidade muitas vezes não se sustenta.

Até quando o Brasil vai se curvar a esse Senador? O foro privilegiado é o maior atraso que um país possa ter. Precisamos urgente acabar com essa indecência que existe na Constituição e que permite que essa série de imoralidades e de jeitinhos perversos permaneçam no país.

Todos conhecem a lentidão do Supremo Tribunal não só pelo excesso de trabalho, mas também pela dificuldade em julgar figuras poderosas. Gostaríamos de lembrar às Vossas Excelências que as suas togas deverão ser usadas para condenar, sempre que haja provas, e nunca para proteger os poderosos que praticaram atos lesivos à pátria e por sequência à população brasileira.

Caso devam alguma fidelidade não é a quem os indicou, mas à nação. Na sua postura leniente estariam confessando que não chegaram lá pelos seus méritos, e sim por apadrinhamento, precisando pagar pedágio o resto da vida, como mencionou um jornalista.

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Metendo os pelas mãos

Certamente não desejo de jeito algum que voltemos à era do aparelhamento do estado, da corrupção, do doutrinamento político e da proibição do pensamento. Sou completamente contrária a qualquer corrupto, seja de que partido for.

Mesmo achando que o governo Temer tem uma boa equipe econômica, gostaria de fazer algumas ponderações sobre o atual momento:

A efervescência política nos sinaliza que alguns movimentos estão indo rápido demais. Antes de qualquer coisa caberia ao presidente uma minuciosa explicação à população sobre o que se encontrou e, as medidas necessárias para reverter o quadro atual. Isto precisa ser exaustivamente explicado e de forma acessível à população.

Há injustiças tremendas que precisam ser corregidas. O novo Governo resolveu focar na previdência, que de fato precisa de ajustes. Como é que a população vai entender que um profissional que tem uma qualidade de vida terrível, trabalhando em situação insalubre e que leva horas no trânsito terá sua aposentadoria apenas aos 65 anos?

65 anos para alguns é cedo, para outros é muito tarde...

Pessoalmente acho que a nova idade atual para aposentadoria é boa, mas em condições razoáveis de vida, com seus filhos na escola, com a saúde assegurada e etc.

A previdência é um vespeiro que deve ser mexido com cautela. Há milhões de pessoas aposentadas desnecessariamente pelo INSS, onerando a previdência, que talvez pudessem trabalhar, e onde fica isso? Há diferentes formas de concertar o rombo do INSS, e a fiscalização é um deles.

Além da aposentadoria, acho também que ainda há muita gordura para se cortar, muito desperdício, carros oficiais, milhões de funções gratificadas, verdadeiros cabides de emprego. Sem contar com o dinheiro sonegado que não é devolvido, são bilhões devidos que só serão devolvidos depois que estiverem transitados em julgados, e isso vai demorar décadas.

Precisamos consertar muitas coisas, mas nessa pressa é mais provável que se façam injustiças do que de fato reverter o quadro terrível deixado por 13 anos de petismo que apesar das promessas não corrigiu as distorções, muito pelo contrário, as piorou.

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Praticamente uma Santa...

A senhora Dilma Roussef declarou obsessivamente em sua defesa que estava sendo injustiçada no processo de impeachment, pois era uma mulher honesta.

Segundo o dicionário, a pessoa honesta é caracterizada pelo culto da verdade, é ser verdadeiro, é aquela que não é falsa ou mentirosa. Também é incapaz de enganar ou cometer fraudes de qualquer natureza, que respeita e cumpre as normas do comportamento moral e social etc.

Vejamos então:

Dilma se disse economista com mestrado, mas não tem mestrado.

Fez uma campanha milionária, pelo visto, às custas de dinheiro não contabilizado. Talvez por isso a Odebretch ainda se mantêm em silêncio.

Propôs aos eleitores uma série de medidas que não foram nem poderiam ser cumpridas, pois o país estava quebrado e, no entanto, mostrou cifras inexistentes.

Permitiu que seu marqueteiro fizesse campanha totalmente difamatória sobre seus opositores, cheia de mentiras infundadas.

Como presidente do conselho da Petrobras autorizou a compra da refinaria de Passadena, e enquanto ministra de Minas e Energia, a Eletrobrás foi saqueada.

Era chefe da Casa Civil quando os maiores empreiteiros do país distribuíam propinas e a obra de Abreu Lima, com todas as suas irregularidades, continuou em andamento, segundo comentário de José Padillha.

Ocupou cargos importantíssimos da República com pessoas pouco qualificadas e muitas com problemas no Mensalão e Petrolão.

Em seu projeto de poder, dito democrático, atingiu as escolas onde os livros vinham prontos ensinando o projeto do PT, impedindo que houvessem outros tipos de pensamento e criatividade das crianças.

A lista é grande, mas vou terminar com um conchavo que, às escuras, se fez nos derradeiros momentos de seu julgamento: fatiou-se o impeachment, apoiado pelo Presidente da Suprema Corte Ricardo Lewandowski e o poderoso réu que funciona como Presidente do Senado Renan Calheiros. A vergonha é tão grande que nem se levou esse fato ao plenário, votou-se às pressas, no meu modo de entender, um verdadeiro ato fraudulento.

Segundo o dicionário de Luiz Antonio Sacconi, Dilma não pode ser considerada uma mulher honesta.

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Uma Lei feita por 1,3 milhão de Bêbados

O Brasil ainda está em festas, mas notícias abrumadoras teimam em manchar o cenário de alegria.

A lei da Ficha Limpa, uma das maiores conquistas da sociedade, com 1,3 milhão de assinaturas, aprovada pelo Congresso em 2010 e considerada constitucional em 2012, está com seus dias contados. Sem faltar ao respeito, o Ministro Gilmar Mendes joga pesado quando se refere à Ficha Limpa da seguinte maneira “parece que a lei foi feita por bêbados”. Se existe falhas na lei, elas poderiam ser consertadas, nunca inutilizadas.

Na medida em que o Supremo libera a maioria dos prefeitos considerados inelegíveis pelo Tribunal de Contas e, portanto, sem condições de concorrerem às eleições, e se transfere para as Câmaras Municipais o direito de aprovarem as contas dos candidatos, estaremos de volta com os corruptos mandando no país.

Para se ter uma ideia, o Legislativo, que se intitula como eficiente, ainda não votou as contas do governo Executivo de 1988! Agora imaginem as Câmaras Municipais de todo Brasil... Conferir aos vereadores essa tarefa que, certamente não farão, conhecendo o corporativismo que assola os vereadores e também seus calcanhares de Aquiles, podemos concluir que todos os corruptos estarão de volta, sempre fantasiados de homens sérios.

A lei da ficha Limpa trouxe rápidos avanços na higienização da classe política. Graças a ela 4,8 mil candidatos das próximas eleições foram impedidos de concorrer. No entanto, com o novo entendimento do STF os casos de improbidade não serão impeditivos e estes representam 84% das candidaturas impugnadas.

Essa lei revolucionária foi uma grande arma no combate à corrupção neste país. Essa mesma corrupção, que parece estar em todos os lugares, suga os recursos e impostos que nós pagamos e os desviam CONTRA nós. Afinal, grande parte da roubalheira é feita para se manter no poder. Enquanto isso vemos gerações e gerações de miseráveis, sem escola, sendo cooptados pelo crime, tantos perdendo a vida, sem futuro e cujo único objetivo é escapar da polícia.

O STF nessa canetada intempestiva arrancou de nós grande parte dessa frágil esperança de que estávamos melhorando o sistema eleitoral e caminhando para um futuro mais justo. Em outubro estarão de volta às urnas milhares de corruptos.

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

A Mais Nova Crise do Bondinho

Hoje vamos falar sobre a nova crise que vive o Bondinho de Santa Teresa. Ainda não encontrei um adjetivo capaz de ilustrar a balbúrdia e os milhões gastos a rodo, sem recorrer à uma palavra imprópria. O bondinho, como todas as obras, foi entregue às empresas que apresentaram só o projeto inicial.

Em 1877, portanto em uma época sem grandes avanços tecnológicos, foi criado o bondinho que em 1896 passou a ser elétrico e funcionou até 2011. A Secretária de Transporte, liderada por Júlio Lopes, o deixou em situação lastimável. Por falta de freios, seis pessoas perderam a vida e cinquenta e seis se feriram.

Há cinco anos estamos observando as obras de recuperação, tempo exageradamente longo que por si só é um absurdo. Nós, os contribuintes, merecemos uma explicação para os valores gastos. O orçamento inicial era R$ 58,6 milhões, e após sete aditivos passou a custar R$ 125 milhões.

A Secretaria Estadual de Transporte justificou os gastos adicionais com a necessidade de obras para remanejar tubulações e melhorar a captação de água pluvial.

Esses aditivos têm o nome de VERGONHA! O projeto básico não compreendia todas as especificações da obra. Com a certeza da possibilidade dos aditivos, vai-se usando e abusando de verbas públicas.

Esse encanto que é o bondinho agora tem as obras paradas. O Estado não tem recursos nem para pagar os funcionários que estão vivendo dias de penúria.

Como todos os arquitetos sabem, os empreiteiros precisam apresentar ao governo um projeto bem detalhado e estudado, sabendo-se de antemão tudo que será necessário fazer. Idealmente, deveria haver um seguro que opere fiscalizando os trabalhos e garantido o custo original da obra.

O povo precisa exigir dos governos que qualquer obra só poderá ser executada depois de bem analisada. Esse país de miseráveis não pode dar cheque em branco para empreiteiras irresponsáveis que tomam o nosso dinheiro e devolvem aberrações como a obra parada do bondinho.

120 anos depois do bondinho elétrico, com inúmeros avanços tecnológicos, parece que perdemos o elemento mais essencial: a moralidade pública.

domingo, 7 de agosto de 2016

O Brasil em que eu quero viver

Este é o Brasil em que eu gostaria de viver. O espetáculo de abertura das Olimpíadas encheu minha mente, cansada de batalhar por uma vida melhor, de esperanças.

Rosa Magalhães, Débora Colker, e toda a equipe que trabalhou nessa apoteótica apresentação, deram um show. Planejamento, disciplina, muito trabalho árduo, pontualidade, elogiável criatividade e, usando tecnologia de ponta, desvendaram ao mundo a nossa história.

A artista plástica, cenógrafa e figurinista Rosa parece que escolheu a dedo o melhor de nossas canções, homenageando Ari Barroso, Tom Jobim e Vinicius e emocionou a plateia quando trouxe nosso hino tocado e cantado por Paulinho da Viola.

Os bailarinos de Débora nos edifícios deram um show de graciosidade e coragem. E a gracinha que foi o 14-bis? Para mim um dos pontos fortes foi não se ter abusado da sensualidade, tão clichê quando se fala de Brasil.

Espetáculo harmônico, cabendo perfeitamente dentro de nossa situação econômica, mostrou ao Brasil como se pode fazer maravilhas sem esbanjar os nossos escassos recursos.

Os homenageados foram bem escolhidos, como Guga nosso eterno tricampeão em Roland Garros na Pira Olímpica e Rosa Célia, médica maravilhosa que construiu um hospital para crianças cardíacas, exemplo de mulher à serviço de sua profissão.

As delegações de jovens atletas entraram no ritmo da alegria contagiante e praticamente caíram no samba. A Equipe Olímpica de Refugiados levantou o Maracanã, um dos momentos mais bonitos.
Lamento que muitos Chefes de Estado não vieram prestigiar seus atletas devido ao clima de medo que se instalou no país.

Não me canso de dizer que o Brasil tem profissionais do mais alto gabarito, dos cientistas, aos arquitetos, paisagistas, médicos, economistas, funcionários, etc. cujo trabalho dignifica a profissão e nos faz prosperar.

Enquanto milhares de voluntários estão oferecendo seus esforços, de graça, para contribuir para o sucesso do Brasil nessa festa, nós temos na contramão milhares de políticos que ganham e roubam muito para dar marcha ré no país.

O Brasil tem muito a mostrar ao mundo e precisamos sair da posição de vira-lata, não é complexo não, somos realmente motivo mundial de chacota. E ainda convivemos com essa classe fantasiada de poderosos, mas quase toda bichada, mandando e desmandando e que eternamente nos deixará com o pires na mão.

sexta-feira, 29 de julho de 2016

O Brasileiro Continua Sangrando

Não podemos esquecer o nosso protesto dia 31 de julho. A lava Jato está em grande perigo, pois o número de denunciados cresce a cada dia. A proposta do senador Renan não só restringe as investigações, denunciando que a equipe investigadora abusa da autoridade, como também usa seu cargo de senador para calar as investigações. O próprio juiz Moro alerta para isso. E para completar o ex-Presidente Lula, que corroborou para o caos em que vivemos, nos denunciou à ONU.

Sei que o clima é de festas devido às Olimpíadas, mas é imprescindível focar na grave situação política em que vivemos.
Acho que o país merece que nos dediquemos uma manhã a ele.

Progresso na economia é um fator importantíssimo, mas será inócuo se a crise ética e moral que abalou o Brasil continuar minando os tributos que, com sacrifício, pagamos.

Os trabalhadores brasileiros recebem seus salários e, se ganham acima de R$ 4.664.00, pagam de imposto de renda 27,5% sobre seus proventos. Será que devemos concordar que os 500 maiores devedores continuem sem pagar os 392 bilhões que devem à receita federal?

Para completar, essa semana o presidente do Bradesco foi pego na Operação Zelotes tentando comprar decisões do CARF (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), órgão da Fazenda responsável pelas análises das pendências fiscais.

Esse dinheirinho, esgotadas todas as sindicâncias, precisa urgente de estar à disposição do país e seria uma injeção e tanto no combalido Brasil.

Com as Olimpíadas chegando a pressão popular tende a diminuir, pois quando o ufanismo estoura na “praça”, esquecemos que há quinhentos anos somos um país de miseráveis. Medalhas no Brasil?  Só se forem nos indicadores sociais e são bem negativos. É um dos países mais desiguais do mundo, onde 71 mil brasileiros concentram 22% de toda riqueza.

Vivemos situações medievais onde uma classe imoral dita as normas e regras de moralidade e com isso a cada dia somos mais miseráveis. No século XXI funcionamos nos moldes de capitanias hereditárias.

sexta-feira, 22 de julho de 2016

O "Progresso" do Leblon

 O Leblon está completando 97 anos e é tido por muitos como o bairro mais nobre da cidade, e merecia ser tratado e cuidado de acordo.

Há muitos anos vivo aqui e, por isso, muitas histórias vêm à minha mente. Era um bairro simples, arejado, com alguns botequins, com a Casa Santa Cruz, que devida à nossa luta não cedeu à ânsia imobiliária e hoje se transformou em “Santa Cruz Objetos de Decoração”, com o açougue Talho Capixaba, que se tornou Padaria Talho Capixaba, cujos proprietários mantem o mesmo jeitinho carinhoso com que sempre trataram o Leblon, farmácias e vizinhos que amavam o bairro e lutavam por ele.

Inesquecível a jornada que fizemos quando o ex-Prefeito Luiz Paulo Conde sugeriu que passasse um túnel sob o Morro Dois Irmãos, com o objetivo de desafogar o trânsito. Muitas reuniões no Colégio Stella Maris que era pequeno para abrigar autoridades governamentais, vereadores que lutavam pelo bairro e um contingente enorme de moradores. Por fim, aí está o Morro Dois Irmãos majestoso, preservado, enfeitando a paisagem.

Saturnino Braga e Cesar Maia deram ótimas contribuições, o primeiro com o gabarito baixo e o segundo com reformas sensatas, cujo arquiteto era Indio da Costa que deixou o bairro lindo. Cesar Maia também criou a APAC (área de proteção do ambiente cultural) com o objetivo de impedir que os prédios pequenos fossem demolidos e também não podemos nos esquecer do Favela Bairro que ajudou muito as comunidades.

Assim podíamos ver o céu, árvores floridas, estacionamento de um lado só da rua, contribuindo para que o meio ambiente fosse harmonioso, agradável e não sufocante como hoje, depois da tomada de carros em esquinas, sem nenhum respeito pelo código de trânsito.


A vida muda, veio o que chamam de progresso, trazendo a gentrificação, novos moradores, muitos artistas, e o Leblon, bairro pequeno foi tomado de assalto por um comércio que muitas vezes não preza pelo bairro. Frequentemente, nos deparamos com algumas lojas de material construção que usam as ruas como quintal de suas casas. Surgiram bares e com isso muitos visitantes que se divertem, gritando e bebendo, e depois vão dormir em suas casas, enquanto nós, ficamos à mercê de calçadas e vias totalmente tomadas, e um barulho infernal a noite toda.

A população residente é outra, espírito individualista, se contenta em morar no Leblon e pronto. Não resido perto de nenhum bar, mas me compadeço das pessoas que não dormem, não podem ouvir música ou ver TV e todas as vezes que sou convocada para participar de alguma manifestação compareço, mas é sempre frustrante, a população reclama, mas não sabe lutar pelos seus direitos.

O espírito de união que fortalece qualquer reivindicação acabou. Não há espaço nas calçadas para ninguém. Muito doloroso foi presenciar uma jovem mãe passando com um carrinho duplo, com dois bebês pela rua Venâncio Flores, enquanto o bar fervilhava na calçada.

Fiscalização? Nenhuma, se tivesse o prefeito não se chamaria Eduardo Paes! Só o atual prefeito, com a sua equipe de “excelente de projetistas”, conseguiu transformar a Praça Antero de Quental em Chernobyl ou Navio Afundando, como dizem alguns. Sem árvores, sem aconchego, deveriam pedir perdão ao Indio da Costa que foi o autor do antigo projeto.

Saudosismo meu ou dificuldade de lidar com a ausência de posturas municipais, com a lei do silêncio, com estacionamento em qualquer lugar, com a desordem urbana? Esse é o Leblon que agrada ao prefeito, que o considera um bairro cosmopolita.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

A Oportunidade Perdida

As Olimpíadas estão se aproximando e torço, sinceramente, para que possamos ter dias de festas, de ordem, de uma generosa recepção aos atletas mundiais que se esforçaram, durante anos, para nos mostrar a excelência de suas performances. Mas infelizmente, há poucos cariocas entusiasmados com os jogos que começam mês que vem.

Sabemos que serão dias difíceis para nós que moramos aqui, pois nossos deslocamentos estarão cerceados devido aos corredores olímpicos criados para o deslocamento dos atletas, assim como muitos feriados deverão ser agendados, tornando difícil o exercício de nossas profissões.

Não vou negar que senti muito desassossego ao ser informada de tantos eventos (Copa, Jornadas e etc.), terminando com as Olimpíadas. Logo me veio à cabeça os excessos que nossos governantes costumam fazer. Na ânsia de se exibir ao mundo como um país pródigo, com uma natureza abençoada, procedem à uma orgia de recursos que me trazem tristeza e revolta.

No entanto, deu-se um tiro no pé, já admitido pelo maior entusiasta do evento, nosso prefeito. Creio que os legados deste evento nos trarão muitos problemas, pois serão necessários R$ 100 milhões ao ano só para se manter os parques Olímpicos. Tantas promessas não foram cumpridas, como a despoluição da Baia de Guanabara.

Como esquecer do lago artificial feito em Deodoro para as Olimpíadas que custou R$20 milhões e que exige muita manutenção para ser útil à população? Todos sabemos o fim dessa história, um verdadeiro escárnio.

Penso que as euforias iniciais, daqui para frente, precisam ser confrontadas com a realidade. A cultura da conservação não existe. Chega de obras, daqui para frente só o que for de absoluto interesse da população.

Breve teremos outro prefeito e não poderemos mais concordar com o desrespeito ao nosso dinheiro. Precisamos exigir que se gaste em nosso benefício. O Rio precisa tanto de obras de saneamento, melhores salários para professores, hospitais que funcionem, médicos para nos atender, assim como obras de conservação, não só de viadutos como do mobiliário urbano.

Do outro lado a população também precisa colaborar. Não é possível que seu inconformismo com essa cidade desordenada, caótica, seja expresso destruindo o que encontram pela frente, sejam ônibus, trens, estações de BRT, praças e matando até pessoas. Verdadeira calamidade.

No último ano vimos como a pressão popular tem força sobre a política. Os cariocas precisam se unir e mostrar seu descontentamento, de forma pacífica, nas ruas e nas eleições que estão por vir.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

As Lágrimas da Hidra

Por que chorou Eduardo Cunha diante dos telespectadores ao renunciar à Presidência da Câmara? Como é que aquele homem que se mostrou impassível diante das dúzias de impropérios que ouviu durante a sessão em que se procedia o impeachment da Presidente Dilma, conseguia manter a compostura e simplesmente dizia “seu voto deputado”, chorou ao renunciar à presidência do Congresso? Cunha é dotado de uma inteligência invulgar, conhecedor profundo do regimento da Câmara, exímio articulador político de seus pares corruptos, fisiológicos, ávidos por benefícios próprios e que através de mil subterfúgios prorrogavam a sua permanência na presidência da Câmara. Por um tempo, excessivamente longo, foi salvo de ser afastado pelo conselho de ética. Blindagem quase perfeita. O Presidente da Câmara se aferrava na impunidade que sempre assolou o Brasil, acreditava no poder de suas macabras manobras, e também sabia que a maioria dos políticos, com honrosas exceções, eram cobertos de atos ilícitos. Os escândalos se avolumavam, a pressão para que deixasse o cargo passou a ser constante e até o Presidente interino o aconselhou a renunciar. Em sua renúncia, lágrimas rolam pelo seu rosto, seria por sua família? Seus sentimentos recônditos estariam aflorando? Acho que não, Cunha chorou porque perdeu o que ele mais preza, o Poder. Poder que ele achava lhe dar o direito de estar acima das leis e da sociedade, poder de se sentir impune, blindado. Poder diante de um Congresso assustador, perdido nos meandros do egoísmo e da incompetência, com ele reinando com sua objetividade maquiavélica. O Poder perdido o confronta com o seu interior, a fragilidade, os limites que a vida nos impõem e a derrota da sua onipotência, e na queda expondo sua família de forma irreversível. Vamos esperar para ver o que acontece, Cunha como a Hidra de Lerna teve uma de suas cabeças cortadas, a de presidente da Câmara, mas ainda lhe restam muitas outras, a de deputado, pastor, financiador de campanha e etc.

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Narizinho e o Marquês de Rabicó

"Propinal, por que eu mereço!" - Gleisi
A mais recente maracutaia descoberta é escandalosa até para os padrões do Brasil. A criatividade do mal não tem limites! Foi descoberta uma taxa dentro dos empréstimos consignados realizados por 800 mil funcionários públicos destinada ao financiamento de um grupo do PT e do PMDB.
Sobre o pagamento de cada parcela da dívida pesou uma taxa extra que irrigou os bolsos dos fraudadores. Esse dinheirinho do golpe que vem sendo aplicado há cinco anos, gerou a “insignificante” cifra de R$ 100 milhões! Tamanha aberração levou a prisão do ex-ministro Paulo Bernardo, marido da atual senadora Gleisi Hoffmann, mas foi libertado ontem mesmo pelo misericordioso ministro do supremo, Dias Tofolli, ex-advogado do PT.
Com a vida caríssima, os salários minguados, sempre crescendo abaixo da inflação declarada, o empréstimo consignado muitas vezes é única solução emergencial para um funcionário público.
Triste é descobrir que ainda precisa pagar um “pedágio” para abastecer fraudadores. Isso é roubar dos mais necessitados no seu momento de maior penúria. Este fato é tão escandaloso que parece até coisa de miliciano.
Tenho a impressão que o fator dinheiro assumiu tal proporção em mentes perigosas, que as manobras para ficar rico passaram a ser despudoradas. Pode-se esperar qualquer atitude indecente partindo dessa cabeças.
Vivemos um período negro, onde a sordidez tomou o lugar do amor humano, da lealdade, do fazer o bem, de ser íntegro. Nossas vidas são preciosas demais e não podemos aceitar que sejam vilipendiadas dessa maneira.
A minha preocupação com escândalos como este é que podem deixar a população tão acostumada com o absurdo que ela comece a utilizar o mecanismo da anestesia e ache tudo isso “normal”.
Necessitamos urgentemente de pessoas públicas acostumadas com valores mais elevados.

sexta-feira, 24 de junho de 2016

A cidade que cheira mal

O Rio de Janeiro é dotado de uma natureza surpreendente, entretanto as praias, lagoas, baías e patrimônios de beleza incomensuráveis viraram depósitos de lixo.

O biólogo Mario Moscatelli há anos se dedica a denunciar o triste espetáculo de agressão ambiental sofrida pelo complexo aquático da cidade.

Era compromisso do Governo do Estado preparar a maravilhosa Baía de Guanabara, assim como as lagoas da Barra da Tijuca, outrora transparentes hoje são viveiros de esgoto, lixo e sofás. Infelizmente já se gastou mais de dez bilhões só na baía e nada de efetivo ocorreu, algo que gera grande preocupação entre os atletas e coloca em risco as competições.

A nossa belíssima Baía de Guanabara com seus botos-cinza, símbolo da bandeira da cidade do Rio de Janeiro, sucumbiram à sujeira. Somente trinta e quatro ali permanecem e assim mesmo lutando para não serem tragados por latas, pedaços de pau, lodo, dejetos ambientais e pescadores.

As praias são aparentemente limpas, mas há poucos dias os jornais denunciaram a existência de uma superbactéria altamente nociva à saúde presentes na faixa do Flamengo ao Leblon. Apesar da notícia ser recente, a pesquisa utilizou amostras de 2013-2014, o que indica que a KPC (nome dado à bactéria resistente a antibióticos) já estava presente há mais tempo. Os praticantes do stand-up paddle, ao meio dia no verão, sabem que vão encontrar vultosa quantidade de dejetos humanos

A minha pergunta é: o que faz o secretário do meio ambiente? Onde está a preocupação com a imagem da Cidade Olímpica? Que cidade é essa cuja população agride, de maneira inusitada, um patrimônio ambiental tão soberbo? Porque, a todo instante, bens protegidos pelo patrimônio são destombados pela prefeitura com a desculpa de atender às obras Olímpicas?


Posso pensar que a maioria dos cariocas, fluminenses e seus governantes não merecem esse assombro de majestade que é o Rio de Janeiro, patrimônio cultural da humanidade.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

A Lava Jato Não Pode Parar

“A Petrobrás é a madame mais honesta dos cabarés do Brasil”, palavras ditas por um político em delação premiada. Não basta que essas palavras sejam enunciadas, é necessário que tudo seja comprovado de modo a validar a delação, e não tenho dúvida de que essa cautela será usada pela equipe da Lava Jato. Não é difícil se pensar que entre a arrecadação fantástica do nosso governo e o retorno que o brasileiro tem dos seus impostos, haja um vácuo sendo preenchido pelo desvio de recursos, inundando quase todas as instituições do país. A nossa grande inquietação é que essa verdadeira sangria na corrupção que é a Lava Jato acabe ou como mencionou o Ministro da Casa Civil “que ela deva ter sensibilidade para saber a hora de caminhar para uma definição final”. É muito preocupante que alguém da cúpula do governo, onde já foi descoberta uma conspiração para acabar com a operação, faça esse tipo de afirmação. Infelizmente temo que este acabe sendo o nosso destino. A população é a guardiã da Lava Jato, não vamos permitir que ela se acabe sem que haja uma determinação comprovada dos que se beneficiaram do dinheiro público, com as devidas punições, independente dos partidos a que pertençam. Os recursos desviados não podem ser esquecidos. Esperamos que a Lava Jato chegue mais potente ainda para limpar a sujeira que assola o Brasil. Uma classe política, sem precedentes na história, toma conta do Brasil, destruindo suas riquezas, loteando cargos, colocando em postos chaves pessoas incompetentes e distantes a léguas do povo. A Lava Jato já fez muito pelo país, em muito pouco tempo, e ela representa uma esperança para a desordem política que nos flagela e cria uma insegurança e tristeza enorme. Interromper a Lava Jato NUNCA!

sábado, 11 de junho de 2016

O Leblon que não aparece na novela

O Leblon tem lindos lugares, alguns prédios belíssimos que escaparam da especulação imobiliária e que já foram motivos de postagens aqui. Entretanto, estamos amargando um abandono nunca visto.

Por incrível que pareça, sabemos que em alguns lugares a COMLURB nem aparece, mas aqui é uma vez por semana, quando vem. Muitos porteiros varrem as ruas e a poeira é grande, principalmente por conta das obras do Metrô.

Os postes estão todos enferrujados, ameaçando as pessoas. As árvores não são submetidas a nenhum tipo de tratamento e quando existe um vento maior tombam em cima de prédios e carros estacionados. Toda chuva forte vira notícia “mais uma árvore que cai”.

Para completar, o Leblon foi tomado de assalto por bares que tornam o dormir e o transitar de quem mora nas redondezas um ato impossível.

Obs: As fotos são de 2015, mas os problemas persistem.

sábado, 4 de junho de 2016

Brioches em Tempo de Fome

A cara da esquerda do Brasil
O Brasil precisa urgentemente de justiça. Diante da crise atual, com dívidas enormes assoberbando nossas cabeças, faltando quase tudo para que se tenha uma vida mais digna, o governo continua facilitando mordomias, contribuindo para seja inevitável um aumento de impostos.

Há duas semana atrás escrevi sobre nossos artistas que fazem parte da aristocracia tupiniquim, hoje lembrei-me do Sr. Aderbal Freire Filho, casado com Marieta Severo, ambos devotos de São Lula e Santa Dilma, que resolveu oferecer aos brasileiros no jornal O Globo explicações sobre a Lei Rouanet com 22 itens. Esqueceu-se do item 23: Trata-se da origem do dinheiro, que é nosso, pois são impostos oferecidos à Cultura, deixando a descoberto setores imprescindíveis à vida da população.

Acrescento também dados da coluna do Ancelmo, onde fomos informados, quarta-feira, que o teatro oferecerá um monólogo sobre a vida de Candido Portinari, texto de Herson Capri e, para isso, a Capri Produções pôde captar R$1.625.000 pela lei Rouanet.

A insensatez política continua de modo devastador contemplando também juízes, deputados e senadores, já com salários vultuosos, com novo aumento de 30%. Não podemos esquecer que a estes salários são acrescentados ainda múltiplas vantagens e benefícios.

Será que destituir os milhares de cargos comissionados e preencher esses cargos, novamente, com outras pessoas desonera os cofres públicos?

Gostaria de saber como ficam as remunerações dos outros brasileiros? Por que aumentos desnecessários em uma época em que estamos quebrados e com 11 milhões de desempregados?

Mais uma vez se governa de modo insensível aos anseios da população, buscando favorecimento às classes já privilegiadas, de costas para o resto da nação.

Não cabe mais no Brasil atitudes discriminatórias, gerando descrença, descontentamento e injustiças. Tais atitudes paradoxais mostram um Brasil em que o atraso continua exercendo o poder, o protecionismo aflora vicejante e os que ainda estão empregados pagam a conta.

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Belezas de Leblon, deixarei as desventuras para outra ocasião

As notícias que nos vem chegando são tão hediondas que optei por mostrar belezas do Leblon. As desventuras deixarei para depois.
Praça Baden Powell


Antigo prédio, simplesmente encantador

Praia do Leblon, uma visão rara, sem as horrendas barracas azuis

Baixo bebê, alegria das crianças

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Aristocracia Tropical

A classe artística anda protestando contra o fechamento do Ministério da Cultura. Não sou, de forma alguma, adversária da Cultura, mas parece que os artistas pertencem, na estrutura social, a um patamar diferenciado do restante dos brasileiros, uma espécie de aristocracia tropical.

Até Caetano Veloso se manifestou através de uma carta aberta, o que fez com que vários profissionais da área se posicionaram, aplaudindo e até enfatizando que a referida carta era educada demais. São palavras de conhecido dramaturgo: “acho a carta suave demais, diminuir o status político da Cultura, antes de tudo é um desaforo, uma falta de educação. Com quem eles pensam que estão falando”? Esta fala é a prova maior que estamos diante de um grupo privilegiado.

Parece extemporâneo esses arroubos de “poderosos e vaidosos”, em um momento em que todos são chamados a contribuir e apertar o cinto. Se o cargo de Secretário da Cultura for preenchido por um bom gestor, conhecedor dos problemas existentes nesta pasta, ele poderá fazer valer muita coisa em favor da Cultura do país. Artistas, de um modo geral, podem ser muito criativos.

A Cultura tem um orçamento de 2,6 bilhões de reais, dinheiro que segundo os artistas não fará diferença à nação. É claro que ficaria com menos recursos com a fusão, mas me parece que o problema é de gestão, endividando-se e gastando-se o que não se tem. No momento, há quatro peças Hollywoodianas em cartaz, projetos comerciais com ingressos caríssimos, seriam assim tão necessários?

Causa-me estranheza a relativização do dinheiro, atualmente. Como os roubos são de milhões, a verba da cultura passa a ser pequena. Sei que há muitos projetos e programas culturais, mas poderíamos pensar em levar arte para as escolas públicas, através de professores de música ou de artes mesmo. A arte nas escolas é da mais alta importância, pois ajuda a socializar as crianças e incentivar o pensamento, mas este está longe dos holofotes.

Sempre me intrigou que a classe artística em peso, com pouquíssimas exceções como Suzana Vieira, Marcio Garcia e mais alguns, não se pronunciaram nem uma vez contra os desatinos do governo Dilma, com a quebra da Petrobrás e do país. A maioria dos nossos célebres artistas fez o contrário, são fervorosos adeptos da Presidente afastada. Seria por ideologia? Ou será o glamour de se dizer de esquerda e ao lado dos trabalhadores? Curiosamente muitos foram beneficiados pelos últimos governos.

Enquanto temos 50 milhões de reféns da bolsa família que não têm acesso ao emprego, em grande parte porque não estão qualificados para trabalhar, muitos biliardários agraciados por um partido político que se diz de esquerda, estão sangrando os brasileiros.

Geralmente, não gosto de especular sobre os pensamentos dos outros, mas só agora a grande dama do teatro brasileiro, Fernanda Montenegro, após a saída de Dilma, se declarou decepcionada com Lula. Viu o Brasil se desmoronar e ficou quieta. Gostaria de não acreditar que seja mais um caso de “farinha pouca, meu pirão primeiro”.


Mas o chororô dos artistas parece que foi ouvido, com grande pressão de Renan Calheiros, tudo indica que Temer irá retroceder e o Ministério da Cultura voltará a onerar os cofres públicos em sua plenitude. Incrível como uma minoria poderosa é capaz de mobilizar o país, enquanto uma nação de seres invisíveis padecem por falta de atendimento nos hospitais.

sexta-feira, 13 de maio de 2016

O Ódio à Divergência

A intolerância tomou conta dos Brasil, passamos a nos ver como inimigos e deixamos de ser todos brasileiros. Qualquer opinião contrária parece uma tremenda injúria.

Um país não pode existir sendo nós contra eles, não é possível vivermos como se estivéssemos em um campo de futebol, com os nervos à flor da pele, brigando, xingando quando qualquer divergência surja. Se até no Congresso Nacional, um local onde deveria haver debates de alto nível, nossos deputados recorrem a agressiva cusparada como forma de protesto, é porque as coisas estão muito ruins.

A impossibilidade de discussão empobrece o pensamento, o crescimento é fruto das divergências. A convergência total de opiniões só existe em uma ditadura totalitária.

Parece que somos obrigados a partilhar os mesmos pensamentos sobre todos os assuntos. Por exemplo o sistema de cotas, no lugar de discutir a escola primária são feitas acusações de racismo. Se você não concorda com todas as pautas do feminismo é machista e do Movimento LGBT, homofóbico! Há inclusive uma crescente intolerância contra as pessoas que praticam a religião.


Quando colocamos nossos interlocutores em “caixinhas rotuladas”, fica mais difícil sentirmos empatia por eles e consequentemente analisar seus argumentos. É uma forma de bestializar o outro, tornando o “inimigo” mais odiável. Afinal, discordar não significa ser inimigo.