sexta-feira, 31 de maio de 2013

Vereador Marcelo Queiroz – um político que ouve a população

Essa era a  Praça Baden Powell Antes...
Foram três anos e meio de intensa luta para conseguirmos a organização do quadrilátero, formado pelas ruas Des. Alfredo Russel, finais da Venâncio Flores e Gal. Urquiza que confluem na encantadora Praça Baden Powell, no Leblon, onde o estacionamento de veículos era selvagem. Os carros ocupavam todas as esquinas e, portanto, se anunciava um risco à travessia nestes locais. Finalmente chegou uma resposta aos nossos apelos.

Um perigo para quem atravessava
Hoje, dia 31 de maio, tivemos uma agradável imagem: uma senhora atravessava a Rua Alfredo Russel, empurrando um carrinho de bebê com toda segurança. Mais tarde, um deficiente visual percorreu o mesmo trajeto, mas indo em direção à Praça. Tudo isso possível graças a nova sinalização para organizar o estacionamento de carros.

Muitos anos de luta se passaram até vermos esse sonho tão simples, porém importante ser concretizado. Visitamos órgãos municipais, estaduais, o Batalhão da Polícia Militar. Os que nos receberam foram gentis, fizeram até promessas, mas a cada dia as aberrações só aumentavam. Enviamos dezenas de e-mail contatando a políticos, que julgávamos serem corretos (que nunca se deram ao trabalho de nos responder), escrevemos em jornais etc. E nada, até agora.

Galhardete ignorado
Para nós, moradores e transeuntes, tudo era desagradável e arriscado desde a travessia das ruas às saídas das garagens. Estas eram exercícios de malabarismos e só rezando, pois com visibilidade zero e o trânsito fluindo, era fácil acontecer um acidente.

Embora muitos nos dizendo que nunca seríamos ouvidos, prevaleceu a minha característica básica que é um insistente espírito de luta, então acedi ao convite de um amigo, Bernardo Machado, para que se apelasse ao Vereador Marcelo Queiroz, até agora desconhecido por mim.

Pulei de alegria quando ele me respondeu. Só isso já era motivo para se comemorar, afinal, a indiferença de todos era chocante. Entretanto, ele prometeu estudar o problema, e ao mesmo tempo, colocou à minha disposição o seu assessor Sr. Leonardo Matias.

A partir daí passei a receber inúmeras mensagens do gabinete do Vereador +Marcelo Queiroz sobre as providências tomadas junto às autoridades pertinentes. E os resultados começaram a aparecer. Inicialmente os galhardetes foram usados para organizar a bagunça e a desordem, porém aos poucos foram sendo ignorados e até arrancados dos postes.

A Praça Baden Powell depois: Liberdade para ir e vir
Sinceramente, parecia que eu estava sonhando quando vi os funcionários da CET-RIO colocando as placas definitivas e as sinalizações no chão.
Eu também necessito usar o meu carro, mas muitas vezes, desloco-me a pé, de ônibus ou taxi, mas jamais faria com os outros tamanha crueldade, obstruindo esquinas e garagens. Causou-me, também, certo horror a maneira como nós, cidadãos deste bairro, fomos tratados pelas autoridades com total desprezo e até certa arrogância.

Gostaria de dizer que conhecer o Vereador Marcelo Queiroz e seus assessores, preocupados com as pessoas desta cidade, com o meio ambiente e a nossa cidadania, foi motivo de muita alegria. Eles nos mostraram que estão na Câmara, não para batizar ruas, distribuir medalhas Pedro Ernesto ou nomear Cidadãos Cariocas, atribuições que ano após ano estamos habituados a assistir, mas para cuidar dessa grandiosa cidade, que é a imagem do abandono.

Para finalizar o mais incrível: recebemos uma mensagem agradecendo a ajuda que demos, levando-lhes os problemas da cidade. Ah se todo político fosse assim...


quarta-feira, 22 de maio de 2013

Nós no Paredón- Vivendo no limite

Foto: Manugor
No limite da tristeza: diariamente tomamos conhecimento de acidentes, colisões, atropelamentos e, como
consequência, muitas vidas perdidas desnecessariamente.

No limite da insensatez: o Pier em Y, fator de muitas controvérsias entre urbanistas, arquitetos e a população de um modo geral, devido a vários motivos inclusive com grande prejuízo ao entorno.

No limite da irresponsabilidade: excesso de velocidade dos veículos: ônibus, carros e motos. Não respeitam nada, circulam no Elevado do Joá a mais de 100km/h, quando o limite, devido à precariedade do Elevado e às obras, é de 60km.

No limite da ética: nunca antes na história deste país se viu tamanha corrupção. Ela existe em todos os setores do governo, sem dó nem piedade, com resultados catastróficos para a população, principalmente nas áreas da saúde e educação. O povo se acostumou a tamanho descaso, que qualquer esmola, como o Bolsa Família, parece uma dádiva.

No limite da vergonha: o salário dos médicos e o modo de tratá-los chega às raias do deboche.    Eles são convidados para exercerem suas atividades profissionais no interior, porém quais as condições oferecidas para exercerem a profissão? Onde estão os hospitais? Solução proposta, importar médicos desqualificados e menos exigentes de outros países, ou seja, a população é que vai pagar o pato. O mesmo tratamento é oferecido aos professores: um corretor de provas do ENEM recebe R$ 1.60 por cada redação e são cem redações por dia. Fico imaginando o professor que deu nota ao deboche da receita de miojo no desenvolvimento da redação. Assim pode-se compreender a maneira descuidada de se efetuar a correção, mas é imperdoável, estamos lidando com o futuro das pessoas.

No limite da injustiça: as provas do ENEM, que prejudicam os vestibulandos, não só pelo exposto acima, como também pela quantidade de erros que as provas trazem, ano após ano, e até a com a compra de gabarito como vimos em edições passadas.

No limite do paradoxal: desconstruir e construir o Maracanã, um gasto enorme. Também assistimos a autorização da construção das torres dubaianas do Donald Trump, no Porto Maravilha, exatamente no momento em que, ele como Prefeito, derruba a AVENIDA PERIMETRAL no intuito de despoluir o ambiente visual. Inacreditável...

No limite da incoerência: para movimentar a economia que, diga-se de passagem, vai de mal a pior, estimula-se a indústria automobilística (sempre elas), através de isenções fiscais, porém as vias urbanas para escoamento do tráfego não crescem na mesma medida. Resultado: perdem-se horas do dia e da vida em engarrafamentos verdadeiramente paulistanos.

No limite da ingratidão: quem acompanhou a batalha do Dr. Liszt Vieira pela proteção do Jardim Botânico sabe o quanto ele se empenhou por essa causa. Recentemente demitido de modo injusto, possivelmente não será lembrado como defensor desse belíssimo patrimônio.

No limite da precariedade: criam-se novos portos, o que é muito bom, mas cadê o resto? Quais os meios de transportes destinados à tarefa de levarem as mercadorias? Hidrovias, ferrovias? As rodovias não estão no seu limite? Um dos grandes gargalos e responsáveis pelo Custo Brasil é a logística de transportes que não é tratada de forma séria.

No limite da insensibilidade: o programa MINHA CASA MINHA VIDA, deveria se chamar MINHA COVA MINHA VIDA. Que pessoas são essas que constroem casas para a população que ou desabam ou estão rachadas? Que aberração é essa?

No limite da contradição: mesmo com um elevado índice de assaltos registrados e sabendo-se que grande parte da população evita fazer a ocorrência, o Comandante do 23º Batalhão, situado no Leblon, nega que haja uma onda de assaltos. No entanto pede ajuda aos moradores que registrem os casos na Delegacia para que se faça um planejamento. Fico imaginando que o Comandante não queira causar pânico na população, mas tenho certeza que, a sociedade gostaria de ouvir dele que está bastante atento e preparando um eficiente esquema de segurança, que nos retire do ambiente de pavor no qual estamos inseridos há vários meses.

Do jeito que a coisa anda é melhor fazer como dizem por aí: “Devolver o Brasil aos índios e pedir desculpas...”.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

O Leblon e o Corredor da Morte

Foto do leitor Luiz Guilherme Margato Marques / Eu-Repórter

Os bairros de Ipanema e Leblon se posicionaram contra a construção do Metro, por múltiplos motivos que advém de uma obra desse porte. Mas venceu a sempre férrea vontade do Prefeito e da Companhia do Metro.

Entre as inúmeras dificuldades que estamos enfrentando, no momento, está o problema da segurança. Da AMALEBLON, às cartas em jornais, das conversas entre amigos ou em nossas casas, o problema dos assaltos passou a ser o prato principal, pois a cada dia o número de pessoas submetidas a essa violência aumenta.

Para se separar o local onde as obras estão sendo realizadas dos prédios, foi construído um comprido e estreito corredor de tapumes, da Rua Afrânio de Melo Franco até o Jardim de Alá, ao qual denominei de Corredor da Morte, pois é um território livre onde os transeuntes ficam desprotegidos e à mercê de marginais.

O alvo preferido são os jovenzinhos saindo da escola e senhoras, de preferência, nas proximidades dos bancos. Ameaçam-se as crianças, roubam os seus pertences, tênis, iPhone, celular, relógio, e o que mais possuírem em plena luz do dia.

Imagino que aos olhos de nossas autoridades tratam-se de pequenos furtos, sem grandes consequências, um prejuízo insignificante, afinal são crianças abastadas, pois residem em bairros nobres (não sei onde está a nobreza). Essa banalização é aviltante, tudo de pior que acontece nessa cidade é banalizado, indicando que estamos diante de uma forma escamoteada de se negar o óbvio e assim evitar providências e responsabilidades.

Ser assaltado é ser submetido a um ato de muita violência, a vivência é traumática, com consequências imprevisíveis. O assaltante pode matar para não ser identificado, pode matar por perversão, por desejo de poder e até por diversão e, em alguns casos, cada vez mais frequentes, cometer um estupro. É importante levarmos em conta que os atuais assaltantes são menores, protegidos por cláusula pétrea de nossa Constituição, portanto são inimputáveis à lei. Tem autorização para fazerem o que desejarem. Afinal, não é isso que vemos a todo instante?

O mínimo que se esperaria de um governo responsável é que, devido à estrutura montada para as obras do Metro em Ipanema e Leblon, fossemos protegidos por uma ostensiva e rigorosa vigilância, principalmente no corredor da morte e não em algumas esquinas que recebem atenção especial. Em uma pequena área onde há grandes registros de criminalidade, é injustificável a ausência de policiais para prevenção de crimes e manutenção da ordem.

É um direito dos moradores e visitantes e um dever das autoridades garantir a segurança, entretanto as instruções que recebemos foram: FIQUEM BEM ATENTOS! Quer dizer, se desconfiarmos que os assaltantes estão próximos, devemos correr, fugir e nos esconder. Mas para onde? Ah! Já sei, uma saída é nos atirarmos no canal do Jardim de Alá e que Alá que nos ajude.

As autoridades precisam parar de debochar dos moradores dessa cidade e assumir o controle da situação com orientações sérias e não com qualquer bobagem que lhes venha à cabeça.
Francamente, estamos vivendo no limite da nossa paciência – UMA ABERRAÇÃO!! Do jeito que está, parece que só uma UPP para resolver o problema... é necessário que uma tragédia maior ocorra para que algo seja feito?A resposta parece sempre a mesma, sim.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Linhas de Ônibus 171MORTE

Foto: de Carlo Wrede, "O Dia"


O problema dos ônibus vai muito além das transgressões e imprudências dos motoristas. Há uma falha estrutural das empresas no que se refere tanto aos ônibus quanto aos motoristas. Os veículos, todo mundo sabe, utilizam carrocerias de caminhão, são sujos e até baratas podem ser encontradas neles. Também vivemos numa cidade, cujo calor é senegalês, o que torna o ar condicionado imprescindível. Degraus altos, desconforto total.

É frequente a informação de que não há motoristas suficientes e não é difícil encontrarmos algumas causas: condições de trabalho perversas, distâncias longas a serem percorridas com engarrafamentos a qualquer hora do dia, no verão temperaturas altíssimas, dublê de motorista e trocador, horas extras para suprir a deficiência de mão de obra, salários baixos (como os da maioria dos profissionais brasileiros) e um custo de vida altíssimo, dificuldades próprias dos seres humanos e, por aí vai. Onde estão os motoristas? Será que optaram por recorrerem à Bolsa Família?

Diante de tantos problemas, fiquei surpresa quanto às providências tomadas pela Secretaria de Transportes: o prazo de um ano para que a Rio Ônibus recicle os seus profissionais. É pertinente a reciclagem dos motoristas, porém é obvio que a população está percebendo que eles poderão cometer as infrações que quiserem, pois o emprego estará garantido, não serão demitidos, pois não há mão de obra disponível. Diante de um fechar de olhos dos empresários e da falta de fiscalização por parte da Prefeitura, o resultado é o descalabro.

A Rio Ônibus oferece uma justificativa ridícula dizendo que, como o percurso dos ônibus é maior do que o dos carros, o número de multas precisa ser ponderado. Madame Natasha (Hélio Gaspari) traduziria da seguinte forma: os motoristas tem autorização para matar porque seus trajetos são enormes.

Outro ponto fundamental, que a população não se cansa de alertar, é o excesso de velocidade. Tanto faz que seja na zona norte ou sul, se não houver engarrafamento, poderemos ter certeza que os bólidos surgirão, ônibus, motos ou carros, tornando um risco o caminhar dos pedestres.

Os ônibus atravessam a cidade inteira, e dirigem como se estivessem no autódromo, de modo que a velocidade precisa ser controlada por equipamentos que serão acionados, quando a velocidade exceder os limites desejados para o perímetro urbano.

As calçadas da orla ou de qualquer zona da cidade vivem repletas de pessoas que estão sujeitas, seja por imprevisto ocorrido com os veículos ou com os motoristas, a serem mortas ou a ficarem mutiladas. Este fato, não é fruto de paranoia, ele é real e pode ser comprovado. Será que as autoridades são míopes e não enxergam os acontecimentos cotidianos de colisões, calçadas atingidas, portarias invadidas , atropelamentos, viaturas despencando de viadutos?

Pode-se até demorar um pouco mais nos percursos que fizermos, mas é melhor chegarmos vivos. É fator de estresse viver em um trânsito tão caótico, sem nenhuma segurança, sabendo que a qualquer minuto podemos ser vítimas de acidentes graves e até fatais.

A situação é muito grave e nossas autoridades precisam atuar verdadeiramente, atacando vários ângulos que sinalizem perigo para a população. A sociedade não está suportando mais o adiamento de providências urgentíssimas que nos garantam melhor qualidade de vida.

O professor Paulo Jorge Ribeiro da PUC-RJ disse, e eu o endosso, que não queremos saber de Porto Maravilha e sim de Cidade Maravilha.