domingo, 25 de fevereiro de 2018

Brasileiro Bestializado

A Agência de risco Mood’s reclassificou nosso país como de alto risco para investidores, entretanto o Brasil e Rio de Janeiro, em especial, têm demonstrado o alto risco que é viver aqui.

Nosso país é um adepto da teoria da relatividade, a empulhação é a mola mestra e aparece nos salários, nas leis, na retórica. Nada é e qualquer assunto pode ser ou não, vai depender dos ventos que soprarem. Isto significa que, de acordo com o freguês, as circunstâncias e os vereditos poderão variar.

As condutas contraditórias, esdrúxulas, mafiosas, inadequadas, corruptas por parte das mais altas patentes do país, permitem que o país funcione de modo precário, omisso e incapaz de ações construtivas para o bem-estar do povo. Basta ver a falência dos serviços públicos.

O resultado nefasto dessa politicagem de baixíssimo nível é grandioso. Os cérebros pensantes que faziam parte dos três poderes foram substituídos por mentes insignificantes, com raras exceções.

A população vivendo nesse clima de insegurança, violência, maus tratos, desrespeito, desordem, torna-se confusa, angustiada e violenta. As perturbações emocionais são de tal monta que sobrecarregam o psiquismo, aniquilando o pensamento. Assim sendo condutas patológicas dominam o cenário de nossas vidas. Bom exemplo é o atual Carnaval que de modo algum é uma festa de alegria, de música e felicidade, mas sim uma festa catártica de desvario. 

O Brasil está em pleno processo de involução. A cultura sinaliza um caminho de escuridão onde se privilegia o culto ao feio, em todos os setores quer seja na arte, na música, nas novelas, na TV, na moda que é chamada de cool ou informal, até no urbanismo onde os empresários da construção são os responsáveis por degradar a cidade e o país. E olhe que nós temos arquitetos e urbanistas dos bons.

No plano social meu desalento é enorme, onde o pobre, sem direito à infraestrutura básica, se tornou miserável, e os ricos miliardários. Temos setecentos e sessenta e três favelas, cercando o Rio de Janeiro. Em termos de habitação o problema é gravíssimo. Elas foram crescendo, se agigantando aos olhos indiferentes do poder público. Preocupados com o ridículo politicamente correto passaram a se chamar de comunidade.

Um país preocupado com o desenvolvimento procura focar nos atendimentos básicos, planejando, procurando especialistas nas diversas modalidades de habitação, ensino, educação, saúde e segurança e não políticos boçais.

Melhorar a vida da população marginalizada é urgente de modo a se criar pessoas saudáveis preparadas para o trabalho e para competir. Chega de resoluções toscas e paliativas.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Uma Nova Esperança

Dá para pensar que estamos sem saída, mas eis que uma notícia foi alvissareira: Surgiu nesse Rio de Janeiro, debilitado e em frangalhos, a iniciativa de se fazer um Laboratório de Análise de Orçamento e Políticas Públicas do Ministério Público do Rio de Janeiro. Pareceu-me algo bem inovador, cuja finalidade seria a prevenção de roubo, má gestão ou malversação de dinheiro.

Contrariamente ao nosso conhecido serviço público, pendurado de gente inútil, esse laboratório tem uma chefe Procuradora da Justiça, Marcia Maria Tamburini Porto, cinco técnicos e um pequeno grupo de apoio e nenhum “aspone”.

Esse Laboratório cuida das receitas e das despesas oficiais do Estado e do Município a cada mês. Destina-se a averiguar as Secretarias, as esferas públicas, hospitais, escolas e delegacias. Os recursos obtidos pelo contribuinte terão seus destinos avaliados quer sejam adequados ou não.

O Procurador-geral da Justiça, Eduardo Gussem, criou esse Laboratório no início do ano passado como uma maneira de debelar a corrupção.

Trata-se do Ministério Público em Mapas (www.mprj.mp.br)
O cidadão pode monitorar nesse ambiente digital, os gestores do dinheiro público e todos os políticos com mandato. Inclusive se há contas a prestar com a justiça e o andamento do processo.

Frequentemente os brasileiros reclamam da exorbitância dos impostos em contrapartida aos péssimos atendimentos recebidos. As instituições e empresas prestadoras de serviços, com raras exceções, totalmente esfaceladas, falham lamentavelmente e deixam milhões de cidadãos ao desamparo.

Estarrece-nos o número de pessoas de todas as partes do país envolvidas em fraudes, conchavos, manipulações, desvios de verbas, suborno, e toda sorte de manobras destinadas a lesar os cofres públicos.

Nada escapa à sanha devastadora dos espertalhões que resolveram enriquecer. Nem empresas que nos orgulhavam, nem bancos brasileiros, nem instituições ou fundos de pensão saíram ilesos dessa máfia.

Também a megalomania atacou governadores e prefeitos que nos brindaram com obras caríssimas, desnecessárias, verdadeiros Taj Mahal. Nem se conta a manutenção desses monumentos de insensatez que absorve somas altíssimas, insustentáveis para os momentos atuais.

Em meio a tanto desalento, mais um grupo de pessoas que se dispõem a lutar contra a corrupção.