sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

O que ninguém tem coragem de falar sobre as Favelas

fonte: www.passeiosnorio.com

A partir do artigo de Luiz Garcia, nosso sensato e sempre oportuno jornalista, sob o título “Da favela ao bairro”, resolvi contribuir com algumas reflexões.

Sempre me constrangeu morar no chamado asfalto e vislumbrar o colar de favelas que circundam a nossa linda cidade, porém trazer este assunto à tona não é fácil. Neste mundo ultra politicamente correto qualquer questionamento acerca de qualquer tipo de minoria é visto como xenofobia, racismo, fascismo, nazismo e qualquer outro “ISMO” da pior estirpe.

Perturbava-me a maneira como os moradores, a partir do vácuo deixado pelo poder público, viam no tráfico e nos traficantes, alguém que pudessem auxiliá-los ou até impor certa ordem, nem que fosse pelo terror. Num complô sigiloso, procuravam viver da melhor maneira possível, apesar do pavor das mães que seus filhos pudessem ser cooptados pelos ganhos fáceis do tráfico.

A partir do nosso Secretário Beltrame, administrador exemplar, ciente das atribuições do seu cargo, movido pelo espírito cívico e não eleitoreiro, conseguiu-se que algumas favelas fossem pacificadas. Assim sendo, foi detonado o estopim para se fazer a apologia das favelas.

Não é importante que o esgoto corra a céu aberto, que as casas sejam minúsculas e que a partir da gravidez precoce das filhas novas casas sejam empilhadas, que as encostas sejam cobertas de lixo e que, mesmo que os garis sejam retirados do asfalto (é frequente vermos os porteiros dos prédios varrendo as ruas), não se consegue dar conta do lixo.

Incensando-se as favelas, dois objetivos são atingidos: o primeiro é que aparentemente se eleva a autoestima dos moradores e a segunda é aplacar a consciência dos nossos políticos  (estou me referindo aos que ainda a possuem). Não precisarão se preocupar com políticas de habitação e de transporte.

Milhões são gastos em teleféricos, tenta-se levar cultura às favelas, que são aspectos  importantes para quem vive na comunidade, porém o essencial não é feito.  Dizem que a cidade não é mais partida, trazem mensagens de uma igualdade que não existe. Favela não é moradia digna é uma falta total de opção e um grande atestado de incompetência no que se refere às políticas de habitação e transporte. É mais vistoso um teleférico e menos trabalhoso do que a execução de obras de saneamento.

Do ponto de vista ecológico, o desmatamento é preocupante, o calor é cada vez mais sufocante, pois a cidade, estrangulada entre uma muralha de edifícios cada vez mais altos (as empreiteiras agradecem, as torres do Porto Maravilha estão aí) e os morros sem a sua vegetação provocam mudanças climáticas regionais. Toda a população sabe que as favelas crescem de modo horizontal e vertical, mas nossos políticos nunca sabem nem veem nada.

Para completar e encobrir toda a falência do poder público no quesito moradia surge a “boa notícia” de turistas visitando favelas, o mais espetacular jeito de viver.
Penso nos moradores, na invasão de sua privacidade, no receio deles, no constrangimento ao serem expostos a milhares de pessoas totalmente desconhecidas, enfim serem participantes da mais nova modalidade de Big Brother, aquela que, sem se inscreverem, recebem o seguinte título: a sétima economia do mundo exibindo a sua miséria.
  

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Arquiteto Hélio Pelegrino + Boteco Belmonte = UMA ABERRAÇÃO CAMPEÃ!

É difícil compreender a maneira como o arquiteto Hélio Pelegrino procedeu à reforma do Boteco Belmonte.
Todo o equipamento de refrigeração e exaustão está exposto na Rua Gal. Venâncio Flores. Inicialmente, foram colocados os aparelhos, semanas depois, as portas e ficamos com um armário embutido na calçada. Como o sistema falhou, as portas foram furadas. Também não deu certo de modo que a solução encontrada foi deixar as portas abertas com a escandalosa exibição de toda a aparelhagem.

A evolução da aberração!!!!

Não me causa nenhuma estranheza que o proprietário do estabelecimento não se preocupe com o entorno da rua, com os moradores, o visual, nem mesmo o Leblon sendo área de preservação do ambiente cultural (o final da Venâncio Flores, a Rua Des. Alfredo Russel e a Praça Baden Powell formam um dos mais belos recantos paisagísticos do Leblon). O que mais me espanta é o renomado arquiteto Hélio Pelegrino projetar esta aberração, um verdadeiro escândalo! Onde está o conceito de urbanismo, o respeito à população do bairro que, de repente, se vê diante de tão grande agressão ambiental?

O que dizer do poder público, da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) que retirou os frades da Av. Vieira Souto por conspurcarem a paisagem e autoriza tamanha agressão às ruas residenciais? A mesma que derrubou o puxadinho de um restaurante em Ipanema que nem havia sido inaugurado, parece ignorar a dupla infração do Belmonte do Leblon, tanto no que se refere à ocupação da calçada com os aparelhos de ar condicionado e exaustão, como também pela não observância do espaço destinado a pedestre. Se para o pedestre só existe a opção de passar pelo meio da rua, imagine o desespero de um cadeirante.

Primeira foto: Esquina da  Dias Ferreira com Venâncio Flores   Segunda Foto: Rua Venâncio Flores
Continuo protestando e aguardando alguma atitude das autoridades, já que os proprietários do estabelecimento pouco se importam com a questão.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Explosão de fogos e alegria


2013 chegou numa bela explosão de fogos e alegria. Parabéns à Secretaria de Transporte pelo bom planejamento. Copacabana sem os carros e os ônibus aguardando em pontos previamente fixados permitiu maior liberdade à população, porém precisa de ajustes.

A Lei Seca que foi aperfeiçoada pela nossa Presidente deveria ser chamada Lei Salva Vida e foi um grande presente para o para o nosso país. A direção irresponsável precisa ser rigorosamente punida, aliás, sugiro ao comando da Lei Seca realizar um plantão no Leblon. A quantidade de bares lotados é enorme, e o que se bebe é inimaginável e é também difícil aceitar que os automóveis estejam esperando por seus donos alcoolizados.

Outra boa novidade é que a CET-RIO voltou a aparecer, pois há muito tempo estava recolhida e os bairros entregues à Guarda Municipal, que ficaram sem uma direção mais objetiva. A desordem urbana é tão contundente que cones na Praça Baden Powell não são respeitados de modo que foram afixados galhardetes indicando que a área é sujeita a reboque. Também não surtiu efeito, pois lá se encontra um táxi. Onde existem cones, podemos ter a certeza que um veículo vai ali permanecer com as rodas sobre a calçada.

As propostas da Prefeitura e da Secretaria de Transporte são boas, mas tem pela frente um grande desafio que é uma população viciada em desordem.

De resto é vida que segue! Feliz ano novo para todos e continuaremos aqui na luta por um bairro e uma cidade mais humana e melhor para aqueles que aqui vivem.

Obs: só para não perder o hábito: O cidadão espertão de hoje!