sábado, 11 de fevereiro de 2017

Silêncio no Abatedouro


 O que leva nosso país, há tantos anos, conviver com políticos mestres na politicagem e insensíveis aos anseios da população?

Trafegam em direção contrária aos valores morais e da ética e, no momento, muitos estão citados ou indiciados ou até são réus na Lava Jato, mas isso não parece incomodar grande parte dos brasileiros.

Multidões foram às ruas protestar contra esses desmandos, mas estão bem distantes da quantidade gigantesca dos seguidores dos blocos de Carnaval ou da Parada gay.

Entre muitas hipóteses, para a permanência dessas antiquadas raposas, penso que alguns tem a admiração dos jovens que sofreram lavagem cerebral através dos livros do MEC e que torcem por um país comunista, ausentando-se da discussão do atual momento.

A população ao ver a completa falta de consequências dos atos praticados pela classe política, se sente no direito também de ter seus atos ilícitos tolerados. “Ora, se eles podem, eu posso também, está tudo errado mesmo”, são frases que escuto por aí.

O modelo de ser esperto, de roubar até aparelhos de hospitais, de não sentir vergonha, de enganar e mentir parece que compensa a carência sentida pela inoperância do poder público em todos os setores da vida.

Os saques aos estabelecimentos comerciais, aos caminhões de transportes são semelhantes, em menor escala, aos saques que nos têm sido feitos por essa classe abjeta de políticos, com raras exceções.

Estamos vivendo uma falência moral do brasileiro. Aqui é um país de espertos e otários, e os otários estão cada vez mais raros. Em uma sociedade assim é difícil uma mobilização por mudança verdadeira e profunda.

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