sábado, 28 de janeiro de 2017

Obsessão com a Economia

Ainda lamento muito a perda do meu baluarte Ministro Teori Zavascki. Em suas mãos o Supremo funcionava e eu sentia que a Lava Jato estava à salvo. A morte de Teori merece uma profunda investigação. Estou muito triste e a preocupação com seu substituto invade a minha mente. A operação corre sério risco.

Agora, estamos nós entregues ao de sempre: à corrupção endêmica, à obsessão pela economia, a políticos altamente comprometidos e a gestores de uma incompetência vulgar.

Creio que não se pode deixar de lado os aspectos sociais, ambientais e de infraestrutura que há décadas clamam atenção.

O país visto de qualquer ângulo deixa a descoberto um atraso e uma precariedade que me mobiliza e me envergonha. Até hoje choro o dinheiro desperdiçado nessas malfadadas competições como Olimpíadas.

A cada dia uma notícia explosiva, crises institucionais e sociais beiram o impossível, crises anunciadas para as quais não se deu atenção, sempre um escândalo rondando as nossas vidas. São tantos que a memória falha e esquecemos as aberrações que aqui se fazem.

Não estou dizendo que a obsessão com a economia é um problema específico do Temer, ela existe há décadas. A fixação é tamanha que muitas vezes dados são maquiados para mostrar uma pujança econômica que não existe.

Como é possível, em pleno século XXI, nos depararmos com um meio ambiente degradado pela população e abandonado pelo Estado que nos deixa reféns do aedes aegypti? E o surto de febre amarela?

Precisamos pensar melhor no que estamos fazendo. Só a economia não pode ser fator de felicidade para um país ou qualquer cidade. Há que se fazer melhor distribuição de recursos e cuidar da gestão, de modo a não deixar a descoberto a vida da população.

Privilegiar só o fator econômico e postergar o resto é criar um Brasil desrespeitado, aviltado, um presente fajuto e sem perspectivas para um futuro melhor.

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