sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

As aberrações dos homens de toga

Gostaria de saber qual a novidade metodológica da psicologia ou da psiquiatria utilizada pelos juízes que permitiram, em um segundo julgamento, inocentar o Sr. Paulo Maluf no caso de superfaturamento da construção do túnel Ayrton Sena que custou aos cofres públicos cerca de duzentos milhões de reais.

Segundo os juízes, a absolvição se deu após minucioso estudo do psiquismo do Sr. Maluf de que não houve ato de improbidade de forma dolosa, isto é, com intenção de cometer o delito, assim sendo, a sua ficha continuará limpa e seu novo mandato garantido.

A comunidade científica precisa conhecer essa nova técnica que é capaz de julgar com tamanha certeza o mundo consciente e inconsciente dos indivíduos.

Quanto à avaliação feita pelo Ministro da Controladoria Geral da União (CGU) de que, no caso da Petrobrás, não ocorreu um mau negócio ou um erro de avaliação, e sim má-fé mesmo, ou seja, dolo. Concluo que nesse caso os métodos de avaliação foram os tradicionais. Agora precisamos torcer para que não haja mais uma sessão de “psiquismo” quando o processo dos políticos chegar ao STF.

E por falar em judiciário entendo que os juízes ainda são como nós. Portanto sujeitos a alterações emocionais. Entretanto essa volatilidade não pode impactar o exercício da magistratura que deve ser exercida com cuidado, seguindo as leis, a ética e sem perder a razão.

No entanto o noticiário vem sendo recheado de aberrações envolvendo os homens de toga:

Ao chegar atrasado ao embarque em Brasília, um juiz desejava que fossem parados os procedimentos de decolagem para que ele pudesse entrar na aeronave. Sendo impedido pelos funcionários, Sua Majestade dirigiu-se aos aeroviários com a seguinte frase: “quietinhos, os senhores estão presinhos”.

Uma aventura esperava uma policial ao tentar multar um juiz que dirigia seu carro sem placa e sem documentos, também não apresentou documentos pessoais. Como ela disse que ele não era Deus e sim juiz foi processada, sendo declarada culpada, e ainda por cima deveria pagar uma indenização.

Esperamos que em 2015 a sanidade volte ao normal. 
Um feliz Natal para todos!

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