sexta-feira, 12 de junho de 2015

Os Riscos do Piloto Automático

Feliz dia dos namorados
Estamos mergulhados no mundo da informação, ela nos chega via internet e mídias. Política, economia, guerras e violência, nacionais e internacionais e outros assuntos mais amenos são de domínio público. O mundo contemporâneo é complexo e quase incompreensível.

Nós não estamos sob o poder nefasto de um Estado Islâmico, mas as guerrilhas são diárias contra o tráfico, no trânsito, contra os maus políticos, homens que se julgam poderosos, cuja ideologia se traduz pelo poder do dinheiro, prevalecendo sobre os direitos da criatura humana. É vergonhoso constatar que senhores, de idade avançada, são pegos em transações ilícitas, se apossando do dinheiro do contribuinte cujo destino deveria ser o atendimento ao povo em suas necessidades mais básicas.  

O que fazemos com essa enxurrada de informações aberrativas que entulham as nossas mentes e têm a velocidade dos cliques da internet? Ficamos felizes por nos sentirmos informados e antenados? Evidentemente não nos aprofundamos em nada, não existe nem interesse nem tempo para uma reflexão mais profunda. Optamos pela superficialidade, se a informação oferecer mais de quinze linhas a ansiedade desponta, afinal estamos perdendo outras notícias.

Dizer que vivemos em um mundo virtual que toma conta de nossas vidas não é nenhum exagero. Nossos companheiros de cama e mesa são smartphones e toda a parafernália eletrônica que existe. Somos esmagados pelas notícias, robotizados, não existe tempo para pensarmos sobre o que nossos olhos viram, vivemos à base do sensorial.

Não posso deixar de reconhecer que a grande vantagem imediata desse tipo de vida é escapar dos nossos sofrimentos emocionais, que são intensos, acrescidos da descrença que se agiganta, bombardeados que somos por mentiras transformadas em verdade.

Como é possível alcançarmos alguma compreensão diante de duas lideranças políticas, suspeitas de envolvimento na Operação lava-Jato, que conduzem o nosso país, driblando o aprofundamento das investigações? É óbvio que esses dois figurões deveriam se ausentar até que tudo se esclarecesse. 

Entretanto, enquanto fugimos de nós mesmos, acabamos oprimidos, nossas mentes sucateadas por notícias sórdidas se tornam incapazes de processar nossa vida emocional, e descobrir soluções para nós. Tudo é mais do mesmo, e a estupidez impera.

A opressão mental inviabiliza o necessário escrutínio e a reflexão. Uma absurda inércia nos ataca e as bolhas de violência não encontram a natural válvula de escape. O que presenciamos é a violência cega, despropositada, saindo aos borbotões, de modo desembestado.

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