domingo, 9 de setembro de 2018

Qual a Próxima Tragédia?

O incêndio no Museu Nacional colocou o país na pauta mundial, causando grande comoção internacional. Na postagem anterior fiz referência à incerteza do passado, entretanto as chamas do Museu Nacional, um centro de pesquisas da UFRJ, mostraram algo pior: a morte da memória brasileira e universal.

Sem respirar, a nossa única cultura, a do ódio e do abandono, conduziram ao ataque à Bolsonaro, uma situação de violência arrepiante. Haja equilíbrio emocional para viver aqui!

Gostaria de pensar alguns fatos. A nossa UFRJ, centro de excelência, vem apresentando uma série de problemas que vão dos incêndios nos prédios às inacreditáveis chamas do Museu.  Impossível fechar os olhos quanto ao aspecto físico, desleixado dos vários blocos e da insegurança do campus do Fundão, onde os assaltos são frequentes.

Outro ponto que acende a luz amarela é a área de ensino que me parece prejudicada. No ranking da América Latina, a UFRJ colocada em quinto lugar em 2016, surge em décimo segundo em 2018.

Chama a atenção, também, a perda do Edital de Internacionalização, isto é, a CAPES recusou o projeto da Universidade por considerá-lo vago, incoerente e pouco rigoroso. A universidade ainda deve recorrer da decisão.

Entendo que a Reitoria deveria parar para pensar a causa de tantos incidentes e acidentes. A dificuldade de verbas é um fator importante nesse processo, mas não creio que seja o único responsável.

Existe um acirrado e vigoroso viés ideológico na universidade, que impede o livre diálogo, pensamento e criatividade. O excesso de politização e corporativismo, parece estar cerceando corações, mentes e criação, as verdadeiras matérias primas da Educação.

A outra grande notícia da semana, o ataque à Bolsonaro é resultante de uma polarização eleitoral e de uma violência que reside na alma da população que está tornando a vida, um bem tão maravilhoso, quase insuportável.

O “Nós contra eles” veio para ficar. É perfeitamente compreensível que se desgoste de um candidato ou de outro, mas em nome desse desgosto surgem palavrões, impropérios, notícias horripilantes falsas e agora pedem licença para matar.

Uma das causas da insatisfação da população é o vergonhoso legislativo, que legisla em causa própria, ao qual é destinado verba vultosa. É desprezível constatar que nesse país qualquer mequetrefe tem carro oficial com motorista.

O brasileiro está angustiado, insatisfeito e submergindo, graças às crises morais, econômicas e institucionais. Verbas monumentais também são destinadas à corrupção e aos maus gestores, ao poder judiciário, repleto de mordomias, que vão muito além do seguro moradia.

Tenho certeza que o ódio e violenta agressividade só nos afunda e nos separa, impedindo-nos de berrar juntos a nosso favor.

Qual a próxima tragédia? 

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