sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Os dois Lados da Moeda Populista

O diário do caos  nos trouxe três notícias:

1) Estado do Rio acumula dívida de R$ 6,2 bilhões só na saúde
2) Sem verbas, a Capes ameaça cortar 200 mil bolsas em 2019
3) A Medalha Fields, maior honraria da matemática, foi roubada do jovem iraniano em menos de 30 minutos após sua entrega

Enquanto isso na corrida eleitoral temos como os dois candidatos mais populares segundo os Institutos de Pesquisa: Lula e Bolsonaro.

O primeiro atualmente ocupa uma cela da Polícia Federal em Curitiba, condenado por lavagem de dinheiro e corrupção passiva, por enquanto. Mesmo inelegível pela lei de Ficha Limpa, é o único candidato do PT e não deseja indicar um substituído, pois não reconhece ninguém à altura do seu porte político e da sua capacidade de articulação.

Diga-se de passagem, trabalha febrilmente, mesmo atrás das grades, através de seus advogados que se prestam ao papel de pombos correios, manobrando seus companheiros desenhando o quadro político do Brasil.

O ex-presidente quer entrar para a História como perseguido político e não como responsável pela podridão que tomou conta do Brasil. Seu interesse é pessoal, aliás como sempre foi, agora o objetivo é salvar sua biografia e sair o mais rápido possível da cadeia.

O segundo mais bem colocado nas pesquisas é o capitão Jair Messias Bolsonaro que foi para a reserva ainda como capitão por estar insatisfeito com o salário dos militares e acusado de planejar um atentado com bombas para desestabilizar seu comandante.

Em 1989 entrou para a política, passando sempre a pleitear melhorias salarias para o exército, defendendo a categoria. Com essa fama conseguiu não só se eleger múltiplas vezes como também diversos membros de sua família.

Bolsonaro não está envolvido em corrupção o que é excelente, mas em 26 anos de atividade e 171 projetos de lei, só conseguiu aprovar DOIS.

O que me espanta é que o Brasil o elegeu como salvador da pátria. Ele que canta aos quatro ventos que detesta bandido, mas enquanto parlamentar, nenhum dos seus projetos relacionados à segurança pública e fronteiras foi aprovado, o que denota uma clara dificuldade de articulação política.

Quem o assistiu no Roda Viva percebeu sua falta de embasamento de economia, gestão pública e política. O candidato nem vice consegue. Sua falta de profundidade sobre os temas nacionais é clara.

Voltando às três notícias do diário do caos, entendemos que o nosso país ser pensado seriamente por um presidente que tenha planos e capacidade de aglutinar uma equipe de Ministros de primeira categoria.

Carregamos uma dívida interna absurda, ultrapassamos todos os limites de gastos possíveis, estamos em uma recessão como nunca vista com 13 milhões de desempregados, sem contar o mercado informal que não paga imposto, inferniza a cidade e fecha o comércio.

Em uma terra que parece o faroeste, Lula e Bolsonaro são os dois lados da mesma moeda. Ambos se apresentam como salvadores da pátria, mas cada um carrega com si o peso de um histórico questionável, um sujo e o outro inepto.

O país precisa de cérebros que saibam o que estão fazendo, que pensem que os jovens estão sofrendo e muitos estudantes acabam se suicidando, sem esperança e perspectivas.

Agora cabe ao povo brasileiro escolher o desfecho dessa história e quem será o mocinho – que até não precisa ser nenhum desses.

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