sábado, 8 de abril de 2017

Desordem à Vista na Rua Dias Ferreira

Até que ponto as autoridades pretendem desumanizar o bairro do Leblon? As propostas insanas não param de chegar para atormentar a vida dos moradores. Hoje é aqui, mas é válido para qualquer canto dessa cidade onde há residências cujos moradores se sintam desrespeitados.

O Prefeito da cidade tem uma dívida conosco, promessa é para ser cumprida ou perde-se a credibilidade. Em sua campanha, o mote principal seria cuidar das pessoas, e eu quero acreditar que isso não seja figura de retórica, principalmente porque ele não se cansa de dizer que é um homem de Deus.

Imaginem uma casa de festas a céu aberto todo fim de semana, uma barulheira infernal, uma desordem, tipo carnaval duas vezes por semana. Essa incrível agressão ambiental é a proposta de um antigo Rei da Noite, Ricardo Amaral, para a Rua Dias Ferreira, onde há dezenas de edifícios residenciais.

O Globo fez uma enquete só entre os comerciantes desta rua e todos aplaudiram de pé. Ninguém se lembrou que o bairro é primordialmente de moradores, porque essa invasão do bairro já é uma rotina e fica por isso mesmo.

É previsível que as adjacências desta Rua também sofrerão o impacto decorrente dessa incapacidade de se pensar na comunidade do Leblon como um todo, na preservação ambiental, e consequentes desordens oriundas dessa insensatez.

Sou sempre surpreendida pela incapacidade de gestão dessa cidade. No bairro há coisas simplíssimas a se fazer, como exigir que cada edifício conserte as calçadas esburacadas e desniveladas, a poda das árvores que adentram em nossas casas, fora os gravíssimos problemas que nos envolvem e no entanto a proposta que surge é mais lazer.

O Rio já é privilegiadíssimo em matéria de divertimentos e de locais alegres e ainda precisa de mais? Êta cidade deprimida, parece que necessita desse lazer deletério que favorece o alcoolismo, já nas alturas, onde os jovens aos treze anos já são apresentados ao “glamour” da bebedeira, sustentando pelo resto da vida suas personalidades frágeis.

A prefeitura não tem o direito de prejudicar mais os moradores desse bairro, inclusive causando um prejuízo financeiro enorme. É bom lembrar que as residências sofrerão não só uma desvalorização muito grande, como também inviabilizarão as vendas.

Se é um problema de arrecadação de recursos há muitas maneiras de conseguirmos isso. A primeira que me ocorre é cobrar o IPTU de 60% da população que está inadimplente há anos.

Os moradores precisam se reunir e o prefeito precisa vetar esse projeto absurdo, ou melhor nem deixar ele ser esboçado para cumprir sua promessa de cuidar das pessoas.

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