sexta-feira, 13 de novembro de 2015

O Evitável no Brasil é sempre Inevitável

O drama do descuido com a vida
Nesta semana assistimos a uma tragédia de proporções bíblicas, a barragem em Mariana se rompeu. O por que ainda não é claro, mas tudo indica que foi falta de cuidados que permitissem uma segurança adequada e manutenção, tema recorrente em nosso Brasil. A displicência mais uma vez custou vidas e, neste caso, também uma cidade inteira.

Gostaria de pensar que a tragédia de Mariana é um caso isolado, mas nossa história cotidiana está repleta de pequenos exemplos que ameaçam a vida. Talvez por terem magnitudes menores não são levados a sério, mas se somados veremos números assustadores de quantas mortes poderiam ser evitadas.

Estou falando de calçadas que são armadilhas para os mais idosos, e os nem tão idosos assim, devido a sua má conservação. Estou falando dos ônibus desta cidade que arrancam e freiam bruscamente enquanto são dirigidos por pessoas em condições desumanas. Estou falando das árvores que todo verão desabam na época de chuvas porque não foi feita poda e cuidado adequado ao longo do ano. Estou falando dos hospitais que são incapazes de oferecer o mais básicos à população mais carente. Estou falando de outros milhões de exemplos que todos conhecemos muito bem.

Quando o evitável ocorre, a resposta das “autoridades” é sempre a mesma, isso quando respondem, um verdadeiro empurra de responsabilidades que sempre acabe em impunidade.
O empurra chega até o cidadão, cobram dele, também, a responsabilidade de fiscalizar e denunciar, o que é correto. Mas quando alguém se dá ao trabalho de denunciar encontra as mais variadas barreiras e ninguém lhe atende. Sei bem, pois denunciei várias vezes o estado das árvores na Rua Desembargador Alfredo Russel, durante ANOS, e ninguém nunca fez nada. Essa semana o evitável ocorreu, por sorte não tivemos fatalidades...


Temos que continuar lutando pela vida e exigir que o governo peça perdão, não só com palavras, mas com ações reais. Perdão e desculpas “sociais” não queremos mais ouvir, tampouco justificativas esfarrapadas e o tradicional empurra de responsabilidades. A vida deve ser tratada como sagrada, só assim não precisaremos mais repetir tragédias como de Mariana, Santa Maria, Teresópolis, Morro do Bumba e tantas outras menores que nem viram notícia...

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