sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Top 10 das Aberrações Estéticas do Rio


O diretor da Associação dos moradores da Gávea, Sr. Ralph Rodrigues Lifschits levou ao nosso Prefeito a proposta da retirada das grades dos edifícios, pois as considera muito feias e representam uma ocupação indevida do espaço público.

Concordo com a sua ideia, porém me permito fazer duas observações:

1) Nossa segurança é ainda muito comprometida, dai a razão das grades e muros;

2) Temos um Prefeito trabalhador, mas bem despreocupado com o senso estético da cidade de um modo geral. Seus objetivos dizem respeito à arrecadação, a ser popular, a executar as obras dos próximos eventos (o que é necessário, mas a cidade está repleta de problemas) e também denotando grande avidez no que se refere ao futuro político.

A título de ilustração cito algumas aberrações que também são prioritárias, urgentes e certamente reprovadas no quesito estético contribuindo para que a cidade perca sua identidade tão bela e única:

1) Os monstrengos de 50 andares no Porto Maravilha. 

2) O pier em Y na Zona Portuária 

3) A Marina da Glória e o tão condenado projeto de Eike Batista. 

4) O  massacre estético do Leblon que, a partir da falta de planejamento, transformou-se em um amontoado de bares e restaurantes, perdendo totalmente a sua característica de bairro residencial.
http://sosleblon.blogspot.com.br/2012/09/lucrando-com-aberracao.html

5) Bares como o Chico e Alaíde, de aspecto sujo, que perdem para qualquer Pé Sujo, sem falar no Belmonte, monumento ao mau gosto, ambos tomando a calçada toda de forma muito mais agressiva que as grades dos prédios que nos trazem certa proteção. Restaurantes sofisticados como o Sushi Leblon carecem de conservação da fachada e os que “querem ver e serem vistos” ocupam toda calçada e deixam para os transeuntes somente A RUA. O mesmo acontece com o Deusimar Sushi cujo "salão" é a calçada e também o redor da árvore, preparado para receber seus fregueses.

6) O absurdo dos blocos de carnaval, que de fato trazem alegria para milhares de foliões, por algumas horas, mas também deixam no seus rastros para os moradores toneladas de lixo, sujeira e um odor horrível por muitos e muitos dias. 

7) O desaparecimento da COMLURB durante as obras do Metrô, cuja direção parece pensar que “já que estamos em obra, não precisamos limpar” de modo que as ruas ficam sujas e empoeiradas tornam um desprazer transitá-las, além de serem uma fonte de insalubridade.  

8) Estacionamento nas esquinas, apoiada pela Guarda Municipal, de modo que atravessar a rua é sempre um perigo, pois se perde a visibilidade além de forçar o pedestre a caminhar pela rua e não pela calçada.  

9) Vans escolares de 6 toneladas estacionadas nas nossas portas, detalhe: elas servem a Escola Parque na Gávea, mas gostam das ruas do Leblon como garagem VIP. http://sosleblon.blogspot.com.br/2012/08/vans-escolares-enormes-deitam-e-rolam.html

10) Para completar toda esta exuberante beleza e sofisticação, o nosso cartão postal, as praias, tornaram-se uma verdadeira Babel, repleta de ambulantes cujas barracas ostentam um plástico azul horrendo, tudo regulamentado pela prefeitura.

Parabéns ao senhor Ralph Rodrigues Lifschits pela sua preocupação com a cidade que está sendo abandonada esteticamente.

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