sexta-feira, 23 de setembro de 2016

A Difícil Escolha do Rio

Os candidatos à eleição para a prefeitura do Rio estão colhendo os frutos dos muitos anos de afastamento do eleitorado.

Estamos às vésperas das eleições e a angústia toma conta de nossas mentes. Há pelo menos três candidatos sérios, honestos e que possivelmente poderiam fazer alguma coisa pela cidade, mas o descrédito continua firme.

Cansamos de obras descontinuadas, cada um querendo deixar sua marca e colocar placas com seu nome.

Eduardo Paes teve oito anos de governo, nos quatro últimos teve a frente um árduo trabalho. Construiu o Metrô, Boulevard Olímpico e Arenas, mas exorbitou, deixando para trás segmentos muito importantes. Dos seus 29 Secretários, com toda a despesa que isso acarreta, pouquíssimos funcionaram, ou seja, precisava distribuir cargos para devolver apoio político e, com isso executar o que viesse em sua cabeça, sem ouvir os apelos da população. Gastou-se horrores.

Não desejamos mais orgias de dinheiro, não desejamos pessoas despreparadas, mas sim especialistas, pessoas que projetam as atividades, desde trajetos de ônibus até educação. Precisamos de transporte de massa de verdade, que funcione de modo a desentupir as ruas e despoluir o ar.

Em relação à educação, não bastam construir escolas, mas restaurar as antigas que nos fazem doer a alma e principalmente precisamos de professores melhores capacitados.

Muitos se lembram do antigo Instituto de Educação onde se formavam professores. O magistério era seguido por uma elite intelectual, com excelentes salários, um estímulo para especializações futuras.

Precisa ser um herói para dar aulas hoje em dia, muitos não conseguem se motivar e os alunos mal preparados fazem da sala de aula um campo de batalha.

Também precisamos de médicos e para isso dependemos do governo Federal, mas não de cubanos, que se diziam médicos, mas que eram técnicos, uma das farsas do governo anterior. As UPAS estão aí e cadê os médicos?

Não precisamos de ônibus de graça, mas de bons ônibus e nem de vans nas ruas, a menos que fossem integradoras, e levassem moradores que andam muito até a condução próxima, e nem de escolas novas, se ainda não temos bons professores e um currículo adequado.

Infelizmente temos de começar do princípio, mas quem se candidata a enfrentar essa triste realidade?

Insisto que com tudo isso devemos votar, naqueles que nos indiquem que poderão ser bons gestores.

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