sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Grupo Estação, Tubulações, Asfalto e etc.

Floração do jambo - Beleza da natureza
Cinéfilos encontram-se diante da possibilidade do Grupo Estação manter as portas abertas, o que é uma notícia maravilhosa. Foi realizado um acordo entre o Grupo e os credores que aceitaram receber 25 por cento da dívida, sendo o restante perdoado.

Penso que os cinemas estão nadando contra a correnteza, já que no momento atual, televisão, computador, netflix, bares e baladas se tornam divertimentos preferenciais em detrimento da sétima arte. É realmente lamentável que esse fato esteja ocorrendo. Entretanto, vamos lutar até o fim para manter viva, no Rio, essa arte maravilhosa, desde que esta batalha não vá de encontro às ponderações do Conselho do Patrimônio (vide o caso do Cinema Leblon).

Como empresa particular, o Grupo Estação tentou resolver seu problema sem necessitar envolver a Prefeitura. Vivemos atualmente em uma recessão, assim sendo, os empresários procuram administrar da melhor maneira possível o seu infortúnio.

Outra grande notícia se deve à possibilidade de se entender a malha do nosso subsolo. Após tristes acontecimentos, como as explosões dos bueiros que mostraram os riscos que a população corria diante de total desconhecimento do subsolo, foi dada uma atenção maior ao GEOVIAS (Sistema de Gestão de Obras em Vias Públicas). Qualquer prospecção do subsolo levava à escavações, causando enormes transtornos.

A participação da Geovoxel, empresa criada na Incubadora da COPPE-UFRJ,  dispõe de uma tecnologia geo-radar de modo a mapear as tubulações da CEG, Light, CEDAE, Oi e Embratel. Dispondo deste conhecimento, será possível obter informações sobre as tubulações e suas localizações com maior segurança evitando explosões e acidentes. Custamos a obter informação tão preciosa!  Foram décadas de atraso, mas graças à COPPE, estamos correndo atrás do tempo perdido. Aliás, a COPPE-UFRJ, devido à sua grande competência, deveria ser ouvida com mais frequência...

Quanto às más notícias: são inacreditáveis as constantes queixas dos moradores da cidade quanto ao asfalto das nossas vias. A Delfim Moreira, no posto 12, recebeu um asfaltamento tão precário que chega a se esfarinhar, um caso típico de serviço que nem de graça nos interessaria, quanto mais pagos a peso de ouro! As maiores façanhas das empreiteiras podem ser vistas nas ruas internas do Leblon, onde o asfalto não chega o meio fio, de modo que, em um bom pedaço se visualiza o paralelepípedo. 

Diante de tão belos serviços prestados, o Senado deverá revogar a lei 8666 e avalizar o projeto PLS559, no qual, expande o poder das empreiteiras, criando facilidades. Assim, os projetos ficarão inteiramente a cargo dos empresários de obras, cujas planilhas muitas vezes não são capazes de satisfazer aos requisitos de arquitetos e urbanistas. Quanto a nós, temos de conviver com serviços de qualidade inferior com custos estratosféricos.

O Rio está enfrentando, também, uma batalha jurídica. Sucessivas liminares, tentam manter a publicidade em espaço público,  resistindo aos decretos da prefeitura que buscam manter a cidade limpa. Não consigo entender a opção pelo que é desagradável, feio e capaz de manchar paisagem tão bela.


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