Nos últimos
doze anos deste governo, marcas profundas ficaram em minha mente, dolorosas
recordações dos malabarismos que tinham como objetivo encobrir a verdade. O que
era óbvio, documentado, comprovado nas incríveis falcatruas foi submetido a
distorções tão intensas que os falsários acabavam no colo do governo como
grandes vítimas da oposição, simples perseguidos políticos.
Qualquer
governante é passível de cometer erros e, em se tratando de uma a máquina
pública gigantesca, é facílimo a ocorrência de desvios. Caberia a um governo
sério, sempre que ocorressem fatos nocivos ao erário, se desculpar perante a
nação, apurar os fatos e punir os responsáveis. Esperamos, em vão, que isso acontecesse.
O candidato
à Presidência Aécio Neves tem sofrido várias especulações a respeito da
construção do Aeroporto em Cláudio, enquanto governador de
Minas Gerais. A população brasileira clama por mudanças, são várias as que
precisamos, mas existe uma que pode marcar um grande diferencial.
Trata-se de
se dar explicações bem pensadas, tranquilas e se houveram equívocos relativos a
esse acontecimento que sejam esclarecidos. Considero um fato grave ultrapassar
esse momento em que explicações se fazem necessárias, apelando para o fato de
que o dinheiro gasto no Aeroporto é ínfimo comparado aos bilhões que vem sumindo
do erário.
Nenhuma
subversão do dinheiro público, independente do tamanho, se equivale a outra. A discussão de quem
roubou mais ou menos não os tornariam menos culpados, caso as suspeitas que recaem
sobre Aécio sejam verdadeiras.
As
estruturas da confiabilidade, da correção administrativa, do respeito ao
dinheiro do povo, do investimento maciço em infraestrutura e que nos moveria do
lamaçal da descrença para a esperança não poderão ser perdidas neste momento.
Não
desejamos um santo, nem tampouco um salvador, mas um ser humano que pode até
errar, mas que se responsabilize perante à nação pelos seus erros. Não existe
nada que dignifique mais um homem do que admitir equívocos.
A
desesperança de encontrar pessoas compromissadas com a sociedade está impedindo
nossos jovens de votar. Será que existe cenário mais desolador para um país do
que esse? Tenho ouvido com frequência a frase: "não vou votar porque é mais do mesmo".
Não estou
mencionando esse fato devido ao escândalo e proveito político que o PT pensa
que vai tirar da construção do aeroporto em Cláudio. A janela de vidro do PT
não tem tamanho, é incomensurável. Reduzir a disputa eleitoral a qual candidato
é menos desonesto seria afastar ainda mais esse gigante que é o Brasil do
caminho da moralidade.
Nessa linha
de marcar as diferenças, estará um programa de governo capaz de dar conta dos
estragos, sem enganação. É comum no ardor das campanhas surgirem promessas
impossíveis de serem cumpridas até pela poderosa Angela Merkel. A população
precisa acreditar no que é real e possível e não em delírios e fantasias do
impossível.
A crise
moral na qual estamos inseridos, devido ao relativismo moral, traz consequências
perversas: “se o Presidente não precisa seguir as leis, por que eu deveria fazê-lo?”
É o típico pensamento do brasileiro, e com esse tipo de conduta não existe
contenção dos impulsos. Passamos a viver em uma sociedade agressiva e sempre
com receio de retaliações. Voltamos à barbárie.
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