Nota
dez - Papa Francisco: a coerência no pensar, no falar e no agir. Uma preocupação
fantástica com a vida, que há muito tem sido desprezada. O seu olhar para o ser
humano revela uma abrangência maravilhosa. Homem corajoso que defendeu os
interesses da Igreja com firmeza, repreendendo o que encontrou de ilícito no
Vaticano. É inesquecível a sua figura simples, descendo do avião, carregando a
sua pasta, entrando em um carro popular. Igualmente maravilhosa sua atitude de,
com os vidros abertos, acenar para a população que tomou as pistas para
desespero dos seguranças e deleite dele.
Igualzinho
à figura patética de um senador que solicita à FAB um jato para implantar
cabelo. Pena que não exista implante de neurônios.
Nota
dez - Para o Movimento vinte de Julho, quando nossos jovens saíram da inércia
física e psíquica em que se encontravam e protestaram contra toda série de absurdos,
às quais, nós desse país, somos submetidos. Esse Movimento arrastou milhões de
brasileiros e eu tenho a absoluta certeza de que é o único meio de intimidar
esses malfeitores que estão no Poder. “Vem Prá Rua” é a solução do Brasil.
Nota
dez - Joaquim Barbosa: se às vezes se excedeu em críticas, teve o mérito de
conseguir que o julgamento do mensalão chegasse ao fim. Em meio à escuridão e à
desesperança que a corrupção trouxe para o Brasil uma pequena luz se acendeu,
mostrando que um dia essa nefasta impunidade poderá chegar ao fim.
Nota
dez - Merval Pereira: articulista equilibrado, cujas opiniões emitidas sobre os
mais variados assuntos são sempre apoiadas em pesquisadores e estudiosos da
área. Não é partidário do chutômetro.
Nota
dez - Miriam Leitão: seus artigos são verdadeiras aulas de Economia.
Conhecedora do assunto é
uma crítica ferrenha das artimanhas do governo para fechar suas contas e
esconder uma altíssima inflação.
Nota
zero - Para o IPHAN que, após embargar a construção do Cirque Du Soleil na
Marina da Glória, voltou atrás, abrindo perigoso precedente. Sabe-se lá o
motivo apresentado, mas uma coisa é certa, essas atitudes são responsáveis pela
desordem que se instalou na cidade, cada um fazendo o que desejar, confiando no
pavoroso jeitinho brasileiro para burlar as leis. A área do Aterro é tombada e
não há o que se discutir. Quando pensamos que nos livramos das peripécias do
Eike Batista, com seus projetos mirabolantes para a Marina, novo pesadelo surge
para o Instituto do Patrimônio Histórico.
Nota
zero - Para a Educação: professores recebendo salários ridículos, sem condições
econômicas de se prepararem melhor, aliado a um currículo enfadonho e pouco
atraente que traz no seu rastro o desastre do ensino: alunos que não aprendem a
ler, que tem dificuldades para resolver problemas, estabelecer relações e
pensar. A preocupação máxima é com o conteúdo, e este tão distante da realidade
das crianças, acaba sendo decorado, portanto sem nenhuma serventia para o
crescimento intelectual do aluno. Tanto a escola pública quanto a particular
não dispõem de meios iluminados para o incentivo ao estudo.
Nota
zero - Para a saúde: ano após ano os mesmos cenários dantescos, símbolos da
vergonha nacional.
Nota
zero - Para a Light: parece que vergonha é um vocábulo desconhecido por essa
empresa que mantém sua rede elétrica do século dezenove. As conseqüências são
as contínuas e perigosas explosões dos bueiros, além de frequentes cortes de
luz nos bairros. O Leblon e outros bairros são
diariamente brindados com essa irresponsabilidade da Light.
Nota
zero - Para a CEDAE: as galerias subterrâneas estão em frangalhos e ninguém
consegue decodificar essa rede. É o próprio samba do crioulo doido, o máximo
que se consegue fazer são remendos. As ruas são invadidas pelo esgoto pluvial
que se mescla com o esgoto fecal proveniente dos bueiros. Estes, por sua vez,
parecem que nunca foram limpos. No último temporal a Rua Timóteo da Costa, no
Leblon, era um mar de água, lama e lixo. Não foi diferente no resto da cidade.
No momento há queixas constantes de total falta de água em vários bairros,
porém a conta para pagamento chega no dia certo.
Nota
zero - Para a Bolsa Família. Como é que uma ideia maravilhosa para minimizar um
pouquinho a miséria do nosso povo, passou a ser um trunfo eleitoreiro? Conseguiram
aprisionar os bolsistas nesta pavorosa e humilhante dependência, em vez de
propiciar o desenvolvimento deles, preparando-os para o mercado de trabalho. O
conluio é perverso: o governo deseja que se mantenham infantilizados e
ignorantes para que, com esses votos, permaneçam no poder, e os que recebem as
bolsas acham que estão se dando muito bem, pois não necessitam trabalhar e ao
final do mês o salário estará disponível.
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