Imagine conviver com esse monstrengo diarimente |
O arquiteto Hélio Pelegrino, já mencionado aqui diversas
vezes, voltou a atacar essa semana. Sua criação “arquitetônica”, o Botequim
Belmonte, abriu as portas do inferno, ou melhor, de seus horrendos
refrigeradores que avançam descaradamente sobre a calçada numa vã tentativa de
refrigerar o calor senegalês do seu estabelecimento. Tal manobra deixa à mostra
a aparelhagem destinada ao Belmonte. Apesar desta transgressão, o resultado foi
nulo, é só dar uma olhadinha para dentro do boteco que veremos os infelizes
clientes bufando de calor, o que dá quase uma satisfação.
Pergunto-me que tipo de arquiteto projeta tamanha incompetência,
aposto que o projeto original simplesmente colocava os aparelhos de
ar-condicionado e exaustão do lado de fora, mas para não chocar fizeram um “armário”.
Nunca vi tal solução, embutir diversos aparelhos que precisam ventilação dentro
de um armário de ferro, o resultado foi óbvio, era só para inglês ver mesmo, no
auge da necessidade as portas são abertas e danem-se todos.
Para quem nunca viu tal maravilha da arquitetura brasileira,
precisa saber que ela avança sobre a calçada em direção ao prédio vizinho
lançando seus ventos quentes, barulho e gordura diretamente no primeiro e
segundo andar. Como é que tal coisa foi aprovada pela prefeitura que se diz tão
rigorosa, e muitas vezes é, com as leis de construção para estabelecimentos
particulares. Somos obrigados a conviver com isso, e de quebra temos que aturar
esse arquiteto tirando onda de que se preocupa com qualquer coisa além de seu
bolso, francamente... tá na hora dele abrir seu armário de horrores também e
assumir quem é fato.
A colecionadora de títulos e cargos Sra. Evelyn Rosenzweig,
Presidente da Associação Comercial, Presidente da Associação dos Moradores do
Leblon e Presidente da Associação do Alto Leblon, há alguns dias atrás demonstrou
que nem a própria rua conhece quando uma moradora da Rua Timóteo da Costa, onde
ela reside, publicou no jornal O Globo fotos com os buracos deixados na via. A
moradora pedia que se processasse o recapeamento para tapar o buraco aberto.
Só
após esse fato, a Senhora Evelyn providenciou um encontro com os canais
competentes. Acho muito significativo que seja preciso esse tipo de alerta de
uma moradora para que ela tome as necessárias providências. Se isso acontece nas
suas proximidades, imagina como fica o resto do Leblon onde ela não costuma ir.
Gostaríamos que a nossa presidente estivesse mais atenta ao bairro, onde muitos
dos nossos problemas inclusive os
decorrentes das obras do metrô poderiam ser minimizados. Talvez essa coleção de
títulos não esteja lhe ajudando muito e sim toldando a sua competência.
A Guarda Municipal provou mais uma vez que nada muda. Ao ser
instalado o tão anunciado Choque de Ordem, com direito até a banda de música, a
corporação da Guarda entrou no Bairro exigindo dos motoristas e da nossa praia
um rigor compatível com os existentes em países adiantados. Nada de carros nas esquinas, tolerância zero
para quem não respeitasse placas de sinalização, proibição para a venda de
alimentos nas praias por camelôs não cadastrados, nada de altinho, cachorros ou
frescobol. Pouco tempo durou essa maravilha e hoje voltou tudo à estaca zero. O
problema que eu considero mais sério é que a população não dispõe nem de tempo
para internalizar essas regras e entender que viver de modo mais educado e
civilizado é bom para todos. O que é registrado é: “guenta que esse negócio de ordem dura pouco”.
São várias aberrações como essa que invadem as ruas |
E por último, como não podia faltar, a CET-RIO volta a fazer
vista grossa. Os moradores do Leblon não conseguem achar uma resposta plausível
que permita compreender porque a empresa de vans escolares denominada
TransMardamm faz das nossas ruas sua garagem particular. Para quem é atento, já
foi observado que existem placas da CET-RIO colocadas em ruas onde se lê:
proibido estacionamento de veículos de mais de duas toneladas. Estas vans têm
seis toneladas e permanecem as férias inteiras no mesmo local, ocupando o lugar
de oito ou mais vagas, que poderiam estar servindo para moradores ou
visitantes. Também não conseguimos compreender
porque essa liberdade de estacionarem em ruas residenciais é permitida a essa
empresa e é proibido para vans de transporte de passageiros. Na realidade, o
que nós moradores chegamos à conclusão é que essa permissão não é tão clara
assim, pois os locais escolhidos a dedo pelo proprietário das vans são ruas
internas. Lá essa irregularidade tão chocante, ou melhor essa aberração que
surgiu no bairro, não fica tão escancarada. Afinal, ainda podemos contar com
certas autoridades que se preocupam com o bem estar dos moradores, com a
ecologia e que não concordam com os abusos cometidos.
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