Violência mata tudo. |
Seja qual for a ideologia dos Black Blocs, ouvi dizer que,
entre as suas funções, estaria a de evitar a barbárie dos policiais. No entanto, suas ações nos causam espécie, pois tem como principal alvo as instituições públicas e bens privados, e não a proteção à população. Escondidos sob as máscaras fazem
de cada pedaço da cidade um palco de horror e destruição, usando a onde protestos como cortina de fumaça para suas ações.
Imbuídos dos instintos mais primitivos, não conseguiram
perceber que, os milhares de pessoas que ocuparam as ruas do Brasil no
inesquecível dia 20 de junho, bradavam contra a violência que então se
instituiu e não a favor dela.
A resposta dada pela quase totalidade de brasileiros que
participaram da passeata em junho foi a ausência, não acatando a convocação
para o dia 7 de setembro, nem mesmo quando Caetano Veloso, formador de opinião,
pelo visto nem tanto, conclamou a todos que saíssem às rua se fizessem uso de
máscaras. A clara posição tomada pela população deu indicações de que desejávamos
um protesto pacífico. Ninguém suporta mais violência. Viver no Brasil, quer
seja nas grandes cidades ou pequenas cidades, significa estar sujeito à uma
ampla variedade de violências, claro que com peculiaridades diferentes, de
acordo com cada local. Sofremos agressões de cunho político, ambiental, social,
psicológicas e ético-moral, e agora mais uma, as dos Black Blocs.
É tão despropositada a ação desse pessoal, que logo surge a
pergunta: a quê vieram? Para quê destruir vidros dos bancos milionários? E quebrar
banca de jornaleiros que são trabalhadores madrugadores para nos trazer as
notícias? As ações do grupo são tão discrepantes que não sinalizam para nenhum
tipo de objetivo.
Do ponto de vista de violência, traz a marca de um
descontrole da agressividade, beirando a perversidade, o exibicionismo e, por
conseguinte inibindo o pensamento, tornando-se, portanto pessoas de alta
periculosidade. É de espanto geral a prepotência. Não conseguem enxergar o
esvaziamento do movimento e a impressão sempre crescente de que estão navegando
contra os anseios da população. Sempre me perguntei por que a polícia foi tão
passiva quando o bando tentou destruir
Ipanema e Leblon, durante a cobertura da
mídia.
Acompanhando os movimentos dos nossos políticos e governantes
fica claríssimo que continuam muito a vontade exercendo seus mandatos como
sempre, de costas para o povo, buscando freneticamente a melhor maneira de se
protegerem de eventuais dolos.
Como sou extremamente otimista espero que essa sombra negra
e obtusa que desceu sobre o Brasil e, em especial sobre Rio de Janeiro, se
dissipe e que ceda lugar aos protestos dos jovens e também dos não tão jovens
por um país melhor. Não é possível que nós brasileiros não tenhamos compaixão
ao assistirmos a classe trabalhadora menos favorecida sofrer tanto com os
transportes, saúde, educação etc.
Nosso gol deve ser a favor da população e não contra, portanto, sem BLACK BLOC.
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