sexta-feira, 4 de agosto de 2017

O Mercador do Submundo

O ensurdecedor silêncio das ruas, diante de um clima político e social deprimente, tem sido motivo de grande perplexidade. Ele traduz um barulho interior enorme que insiste em povoar corações e mentes da população brasileira.

Sem tréguas, esse barulho significa indignação, revolta, desconfiança, incerteza, medo do amanhã, agressividade, estresse, descrença, derrota de nossos anseios e ambições, traição, repúdio, vergonha e muito mais. São os sintomas de um sistema democrático calcado em instituições fracas, para não dizer totalmente corrompidas e ineficientes.

O “grand finale” a esses ataques às nossas vidas é a certeza de que todos sairão livres através de longos e custosos recursos judiciais e pelas bênçãos de muitos juízes.

Muitos perguntam pelo pato amarelo, símbolo da confederação das indústrias, durante o impeachement de Dilma e que tanto barulho trouxe às ruas. O pato morreu porque há lampejo de esperança de que a economia pode, quem sabe, melhorar.

Do jeito que a gastança está solta, a meta fiscal não deverá ser cumprida. Querem ultrapassar orçamento e aí, como se diz na gíria, o Henrique Meireles está ao lado da frigideira. Ele não descarta novos aumentos dos impostos para os verdadeiros “patos” que somos nós.

O presidente da república já gastou seis bilhões de reais para comprar aliados e quer passar a mensagem de que deseja deixar seu nome na história com as reformas que fará.

Alguém imagina que ele está pensando no povo? Se suas intenções fossem verdadeiras não haveria Joesley Batista à noite em sua companhia e muito menos, como é noticiado a todo instante, sua relação com de malas de dinheiro, principalmente quando a população beira a miséria.

Temer e esses vergonhosos deputados, assim como a maioria de seus ministros, estão afinados no pote da corrupção. O que realmente interessa é liquidar a Lava Jato. Devagarinho, sem o povo perceber, vão trabalhando nesse sentido.

Desenvolvimento econômico, com corrupção desenfreada, gastanças inúteis para manter privilégios e a maldita impunidade, nunca promoverá desenvolvimento real e estabilidade social.

Como todos esses indicadores alguém poderia pensar que Temer está às vésperas do seu fim, engana-se! Ele acaba de dar mais uma prova de seu poder no congresso, como hábil negociador no balcão de negócios que virou o legislativo.

Temer abriu mão da popularidade, ele apostou no jogo baixo e sujo do congresso onde estão seus pares que também fogem da Lava Jato. No submundo dos larápios da nação, ele é rei.

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