sexta-feira, 11 de agosto de 2017

A Desordem no Leblon

A situação política é tão grave que trazer à tona os problemas dos bairros parece futilidade, mas viver na nossa cidade está bem difícil. Trago o Leblon, porque é onde resido, no entanto seria interessante que outros moradores compartilhassem as necessidades e desconfortos causados pela ineficiência das diversas secretarias que compõem o governo Crivella.

Podemos começar pela limpeza urbana, a COMLURB, atrapalhadíssima com as comunidades, tarefa mais do que necessária, deixa a descoberto os outros bairros. Todos devem ser atendido igualmente bem, mas a sensação é que a qualidade do serviço na Zona Sul piorou.

No Leblon somente as ruas principais são limpas. A situação só não é pior porque alguns edifícios atribuem aos porteiros a tarefa de varrer as ruas, mas muitos não o fazem, até porque pagam pelos serviços de limpeza urbana. Como aqui a arborização é de amendoeiras, as ruas são tomadas de poeira e folhas. Em caso de chuva, certamente elas serão as responsáveis pelo entupimento dos bueiros.

As árvores são decepadas pela COMLURB para aliviar a fiação aérea, mas nunca para aliviar nossas moradias cujos arbustos adentram nossas casas. Também não há serviço de conservação das árvores que vão morrendo cobertas de erva-de-passarinho. Chegando a temporada de chuvas, sempre há o risco de desabamentos.

A última novidade são o sumiço das lixeiras, quem tem cachorro anda sofrendo sem saber o que fazer. O carioca já não tem boa fama de educado, mas precisamos ajudar quem tenta fazer a coisa certa.

Na questão do estacionamento, as ruas ficam atoladas de carros. Vans, fretes, proibidos por lei de permanecerem estacionados, fazem das vagas estacionamento privativo. Carros em espera, nas portas das garagens e em locais com placa de proibição existem aos montes, causando poluição visual e obstrução do trânsito. A Guarda Municipal que antes aparecia em meia hora, agora leva quatro horas, quando aparece.

Desde o tempo de Eduardo Paes, licenças para bares e restaurantes são dadas sem nenhum estudo de impacto ambiental. Como se fossemos um balneário feito para o lazer. A bagunça deles invade calçadas, e até ruas, com mesas e cadeiras, atrapalhando o ir e vir, barulhentos, desagradáveis, sem hora para fechar.

Os moradores que pagam elevado IPTU não podem dormir e muitas vezes são proibidos de ler ou assistir TV. Muitos buscam vender ou alugar seus imóveis porque o barulho é ensurdecedor e ninguém quer morar perto dessas verdadeiras INSTITUIÇÕES DO BARULHO.

O secretário de Conservação e Meio Ambiente, o eng. Rubens Teixeira é graduado em várias carreiras, formado pelo IME (ótima instituição de ensino, Instituto Militar de Engenharia) com mestrado em engenharia nuclear, doutor em Economia e bacharel em Direito, é reconhecido por excelente manejo dos recursos públicos. Assustadoramente graduado, precisa nos ajudar a manejar a bagunça.

Cabe ao secretário atentar para o Leblon e entender que é um bairro pequeno e evitar que lojas de 20 metros quadrados obtenham licenças de bares ou restaurantes. Claro que os frequentadores ficarão nas calçadas. A saturação do meio ambiente também é fator importantíssimo.

Como eu sou especialista em textão, vou terminar com um assunto bem doloroso que são as crianças abandonadas pelas famílias e pelo descaso em educação que é a tônica do Brasil. Além das crianças, a miséria na cidade está em alta e, muitos mendigos dormem e ficam nas ruas, em pleno frio. Muito triste tudo isso. Cabe à senhora Teresa Bergher, secretária de Assistência Social e Direitos Humanos, uma resposta. Imagino a sua profunda dificuldade já que carecemos de instituições sócio-educativas.

Sabemos que a situação financeira está no limite, mas para se ter bom senso e fazer cumprir a lei não se precisa de dinheiro, apenas ser cuidadoso.

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