sexta-feira, 24 de junho de 2016

A cidade que cheira mal

O Rio de Janeiro é dotado de uma natureza surpreendente, entretanto as praias, lagoas, baías e patrimônios de beleza incomensuráveis viraram depósitos de lixo.

O biólogo Mario Moscatelli há anos se dedica a denunciar o triste espetáculo de agressão ambiental sofrida pelo complexo aquático da cidade.

Era compromisso do Governo do Estado preparar a maravilhosa Baía de Guanabara, assim como as lagoas da Barra da Tijuca, outrora transparentes hoje são viveiros de esgoto, lixo e sofás. Infelizmente já se gastou mais de dez bilhões só na baía e nada de efetivo ocorreu, algo que gera grande preocupação entre os atletas e coloca em risco as competições.

A nossa belíssima Baía de Guanabara com seus botos-cinza, símbolo da bandeira da cidade do Rio de Janeiro, sucumbiram à sujeira. Somente trinta e quatro ali permanecem e assim mesmo lutando para não serem tragados por latas, pedaços de pau, lodo, dejetos ambientais e pescadores.

As praias são aparentemente limpas, mas há poucos dias os jornais denunciaram a existência de uma superbactéria altamente nociva à saúde presentes na faixa do Flamengo ao Leblon. Apesar da notícia ser recente, a pesquisa utilizou amostras de 2013-2014, o que indica que a KPC (nome dado à bactéria resistente a antibióticos) já estava presente há mais tempo. Os praticantes do stand-up paddle, ao meio dia no verão, sabem que vão encontrar vultosa quantidade de dejetos humanos

A minha pergunta é: o que faz o secretário do meio ambiente? Onde está a preocupação com a imagem da Cidade Olímpica? Que cidade é essa cuja população agride, de maneira inusitada, um patrimônio ambiental tão soberbo? Porque, a todo instante, bens protegidos pelo patrimônio são destombados pela prefeitura com a desculpa de atender às obras Olímpicas?


Posso pensar que a maioria dos cariocas, fluminenses e seus governantes não merecem esse assombro de majestade que é o Rio de Janeiro, patrimônio cultural da humanidade.

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