O Rio de Janeiro é dotado de uma natureza surpreendente,
entretanto as praias, lagoas, baías e patrimônios de beleza incomensuráveis
viraram depósitos de lixo.
O biólogo Mario Moscatelli há anos se dedica a denunciar o
triste espetáculo de agressão ambiental sofrida pelo complexo aquático da
cidade.
Era compromisso do Governo do Estado preparar a maravilhosa
Baía de Guanabara, assim como as lagoas da Barra da Tijuca, outrora
transparentes hoje são viveiros de esgoto, lixo e sofás. Infelizmente já se
gastou mais de dez bilhões só na baía e nada de efetivo ocorreu, algo que gera
grande preocupação entre os atletas e coloca em risco as competições.
A nossa belíssima Baía de Guanabara com seus botos-cinza, símbolo
da bandeira da cidade do Rio de Janeiro, sucumbiram à sujeira. Somente trinta e
quatro ali permanecem e assim mesmo lutando para não serem tragados por latas,
pedaços de pau, lodo, dejetos ambientais e pescadores.
As praias são aparentemente limpas, mas há poucos dias os
jornais denunciaram a existência de uma superbactéria altamente nociva à saúde presentes
na faixa do Flamengo ao Leblon. Apesar da notícia ser recente, a pesquisa utilizou
amostras de 2013-2014, o que indica que a KPC (nome dado à bactéria resistente
a antibióticos) já estava presente há mais tempo. Os praticantes do stand-up paddle,
ao meio dia no verão, sabem que vão encontrar vultosa quantidade de dejetos
humanos
A minha pergunta é: o que faz o secretário do meio ambiente?
Onde está a preocupação com a imagem da Cidade Olímpica? Que cidade é essa cuja
população agride, de maneira inusitada, um patrimônio ambiental tão soberbo? Porque,
a todo instante, bens protegidos pelo patrimônio são destombados pela
prefeitura com a desculpa de atender às obras Olímpicas?
Posso pensar que a maioria dos cariocas, fluminenses e seus
governantes não merecem esse assombro de majestade que é o Rio de Janeiro,
patrimônio cultural da humanidade.
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