Estamos vivendo nessa eleição um momento muito grave.
Trata-se do fomento da divisão entre nós brasileiros. O ex-presidente Lula e a
atual presidente, além de inverdades, injustiças e distorções, mencionam fatos
com o objetivo de provocar a cisão da população onde duas classes de
brasileiros aparecem como inimigas entre si.
Com frequência há referências às elites e ao povão, entre
nós e eles, entre os habitantes do
nordeste e os do sul, na tentativa de acirrar os ânimos entre as classes
sociais, incrementando ódio e preconceito entre nós, como se só uma parte dos
brasileiros, os pertencentes à estrela
vermelha, fossem dignos de representarem o povo brasileiro. Não é por mero
exercício de retórica que de dez palavras faladas, oito se referem à democracia,
justamente porque este tipo de comportamento fere à democracia.
Nestes comícios o ex-presidente retira o seu terno Ricardo
Almeida, usado em palestras ou em momentos onde era homenageado, e se veste
como o metalúrgico, utilizando um vocabulário chulo, como se fosse bacana,
entre as classes menos favorecidas, proceder desta maneira. Os autoelogios
proliferam, subvertendo os fatos por eles criados durante doze anos, como por
exemplo, as recentes condenações pelo STF como sendo um reflexo de maior transparência e capacidade investigativa do próprio partido, o que é um descalabro. Após o comício, o ex-presidente procura, para não
abandonar seus hábitos elitistas, repousar na suíte presidencial do Copacabana
Palace. Deve ser cansativo conciliar o papel de pai dos pobres com seus hábitos requintados e aos luxos aos quais se acostumou. Um pequeno detalhe, estes pobres há
doze anos não saem da linha de pobreza, até porque se deixarem de ser pobres para quem o ex-presidente falará?
A vitimologia também faz parte do enredo de comícios do ex-presidente; o marqueteiro do PT planta histórias escabrosas na mídia; e os seus militantes também procedem deste mesmo modo através do telefone e das redes sociais, destilando um ódio pavoroso. Posteriormente, ao encontrarem reação por parte de Aécio, passam a se referir a ele como se fosse um delinquente que desrespeita e agride a presidente.
Essa bandeira do ódio e desejo de vingança manipula os fatos
e as mentes, profetizando perdas significativas, instaurando um clima de medo à
qualquer mudança. Contamina e afeta a população que passa a desenvolver ojeriza
ao candidato adversário. As pessoas se tornam impermeáveis ao que
realmente ocorre. Desvinculados do que é real, o processo
consciente efetuado para a escolha do candidato se torna prejudicado. Uma verdadeira
esquizofrenia coletiva.
A desintegração enfraquece o país, mas legitimiza o desejo de
poder, mesmo que isto custe caro a uma significativa parcela da população que foi vilanizada:
a tal da elite branca.
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