Foto do leitor Luiz Guilherme Margato Marques / Eu-Repórter |
Os bairros de Ipanema e Leblon se posicionaram contra a
construção do Metro, por múltiplos motivos que advém de uma obra desse porte.
Mas venceu a sempre férrea vontade do Prefeito e da Companhia do Metro.
Entre as inúmeras dificuldades que estamos enfrentando, no
momento, está o problema da segurança. Da AMALEBLON, às cartas em jornais, das
conversas entre amigos ou em nossas casas, o problema dos assaltos passou a ser
o prato principal, pois a cada dia o número de pessoas submetidas a essa
violência aumenta.
Para se separar o local onde as obras estão sendo realizadas
dos prédios, foi construído um comprido e estreito corredor de tapumes, da Rua
Afrânio de Melo Franco até o Jardim de Alá, ao qual denominei de Corredor da
Morte, pois é um território livre onde os transeuntes ficam desprotegidos e à
mercê de marginais.
O alvo preferido são os jovenzinhos saindo da escola e
senhoras, de preferência, nas proximidades dos bancos. Ameaçam-se as crianças,
roubam os seus pertences, tênis, iPhone, celular, relógio, e o que mais possuírem
em plena luz do dia.
Imagino que aos olhos de nossas autoridades tratam-se de
pequenos furtos, sem grandes consequências, um prejuízo insignificante, afinal são
crianças abastadas, pois residem em bairros nobres (não sei onde está a nobreza).
Essa banalização é aviltante, tudo de pior que acontece nessa cidade é
banalizado, indicando que estamos diante de uma forma escamoteada de se negar o
óbvio e assim evitar providências e responsabilidades.
Ser assaltado é ser submetido a um ato de muita violência, a
vivência é traumática, com consequências imprevisíveis. O assaltante pode matar
para não ser identificado, pode matar por perversão, por desejo de poder e até
por diversão e, em alguns casos, cada vez mais frequentes, cometer um estupro.
É importante levarmos em conta que os atuais assaltantes são menores,
protegidos por cláusula pétrea de nossa Constituição, portanto são inimputáveis
à lei. Tem autorização para fazerem o que desejarem. Afinal, não é isso que
vemos a todo instante?
O mínimo que se esperaria de um governo responsável é que, devido
à estrutura montada para as obras do Metro em Ipanema e Leblon, fossemos protegidos
por uma ostensiva e rigorosa vigilância, principalmente no corredor da morte e
não em algumas esquinas que recebem atenção especial. Em uma pequena área onde
há grandes registros de criminalidade, é injustificável a ausência de policiais
para prevenção de crimes e manutenção da ordem.
É um direito dos moradores e visitantes e um dever das
autoridades garantir a segurança, entretanto as instruções que recebemos foram:
FIQUEM BEM ATENTOS! Quer dizer, se desconfiarmos que os assaltantes estão
próximos, devemos correr, fugir e nos esconder. Mas para onde? Ah! Já sei, uma
saída é nos atirarmos no canal do Jardim de Alá e que Alá que nos ajude.
As autoridades precisam parar de debochar dos moradores
dessa cidade e assumir o controle da situação com orientações sérias e não com
qualquer bobagem que lhes venha à cabeça.
Francamente, estamos vivendo no limite da nossa paciência – UMA
ABERRAÇÃO!! Do jeito que está, parece que só uma UPP para resolver o problema... é necessário que uma tragédia maior ocorra para que algo seja feito?A resposta parece sempre a mesma, sim.
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