Foto: Manugor |
consequência, muitas vidas perdidas desnecessariamente.
No limite da insensatez: o Pier em Y, fator de muitas
controvérsias entre urbanistas, arquitetos e a população de um modo geral,
devido a vários motivos inclusive com grande prejuízo ao entorno.
No limite da irresponsabilidade: excesso de velocidade dos
veículos: ônibus, carros e motos. Não respeitam nada, circulam no Elevado do
Joá a mais de 100km/h, quando o limite, devido à precariedade do Elevado e às
obras, é de 60km.
No limite da ética: nunca antes na história deste país se
viu tamanha corrupção. Ela existe em todos os setores do governo, sem dó nem piedade,
com resultados catastróficos para a população, principalmente nas áreas da
saúde e educação. O povo se acostumou a tamanho descaso, que qualquer esmola,
como o Bolsa Família, parece uma dádiva.
No limite da vergonha: o salário dos médicos e o modo de
tratá-los chega às raias do deboche. Eles são convidados para exercerem suas
atividades profissionais no interior, porém quais as condições oferecidas para
exercerem a profissão? Onde estão os hospitais? Solução proposta, importar
médicos desqualificados e menos exigentes de outros países, ou seja, a população
é que vai pagar o pato. O mesmo tratamento é oferecido aos professores: um
corretor de provas do ENEM recebe R$ 1.60 por cada redação e são cem redações
por dia. Fico imaginando o professor que deu nota ao deboche da receita de miojo
no desenvolvimento da redação. Assim pode-se compreender a maneira descuidada
de se efetuar a correção, mas é imperdoável, estamos lidando com o futuro das
pessoas.
No limite da injustiça: as provas do ENEM, que prejudicam os
vestibulandos, não só pelo exposto acima, como também pela quantidade de erros
que as provas trazem, ano após ano, e até a com a compra de gabarito como vimos
em edições passadas.
No limite do paradoxal: desconstruir e construir o Maracanã,
um gasto enorme. Também assistimos a autorização da construção das torres dubaianas do Donald Trump, no Porto
Maravilha, exatamente no momento em que, ele como Prefeito, derruba a AVENIDA
PERIMETRAL no intuito de despoluir o ambiente visual. Inacreditável...
No limite da incoerência: para movimentar a economia que,
diga-se de passagem, vai de mal a pior, estimula-se a indústria automobilística
(sempre elas), através de isenções fiscais, porém as vias urbanas para
escoamento do tráfego não crescem na mesma medida. Resultado: perdem-se horas
do dia e da vida em engarrafamentos verdadeiramente paulistanos.
No limite da ingratidão: quem acompanhou a batalha do Dr.
Liszt Vieira pela proteção do Jardim Botânico sabe o quanto ele se empenhou por
essa causa. Recentemente demitido de modo injusto, possivelmente não será
lembrado como defensor desse belíssimo patrimônio.
No limite da precariedade: criam-se novos portos, o que é
muito bom, mas cadê o resto? Quais os meios de transportes destinados à tarefa
de levarem as mercadorias? Hidrovias, ferrovias? As rodovias não estão no seu
limite? Um dos grandes gargalos e responsáveis pelo Custo Brasil é a logística
de transportes que não é tratada de forma séria.
No limite da insensibilidade: o programa MINHA CASA MINHA
VIDA, deveria se chamar MINHA COVA MINHA VIDA. Que pessoas são essas que
constroem casas para a população que ou desabam ou estão rachadas? Que
aberração é essa?
No limite da contradição: mesmo com um elevado índice de
assaltos registrados e sabendo-se que grande parte da população evita fazer a ocorrência,
o Comandante do 23º Batalhão, situado no Leblon, nega que haja uma onda de
assaltos. No entanto pede ajuda aos moradores que registrem os casos na
Delegacia para que se faça um planejamento. Fico imaginando que o Comandante
não queira causar pânico na população, mas tenho certeza que, a sociedade
gostaria de ouvir dele que está bastante atento e preparando um eficiente
esquema de segurança, que nos retire do ambiente de pavor no qual estamos
inseridos há vários meses.
Do jeito que a coisa anda é melhor fazer como dizem por aí: “Devolver
o Brasil aos índios e pedir desculpas...”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário