domingo, 7 de agosto de 2016

O Brasil em que eu quero viver

Este é o Brasil em que eu gostaria de viver. O espetáculo de abertura das Olimpíadas encheu minha mente, cansada de batalhar por uma vida melhor, de esperanças.

Rosa Magalhães, Débora Colker, e toda a equipe que trabalhou nessa apoteótica apresentação, deram um show. Planejamento, disciplina, muito trabalho árduo, pontualidade, elogiável criatividade e, usando tecnologia de ponta, desvendaram ao mundo a nossa história.

A artista plástica, cenógrafa e figurinista Rosa parece que escolheu a dedo o melhor de nossas canções, homenageando Ari Barroso, Tom Jobim e Vinicius e emocionou a plateia quando trouxe nosso hino tocado e cantado por Paulinho da Viola.

Os bailarinos de Débora nos edifícios deram um show de graciosidade e coragem. E a gracinha que foi o 14-bis? Para mim um dos pontos fortes foi não se ter abusado da sensualidade, tão clichê quando se fala de Brasil.

Espetáculo harmônico, cabendo perfeitamente dentro de nossa situação econômica, mostrou ao Brasil como se pode fazer maravilhas sem esbanjar os nossos escassos recursos.

Os homenageados foram bem escolhidos, como Guga nosso eterno tricampeão em Roland Garros na Pira Olímpica e Rosa Célia, médica maravilhosa que construiu um hospital para crianças cardíacas, exemplo de mulher à serviço de sua profissão.

As delegações de jovens atletas entraram no ritmo da alegria contagiante e praticamente caíram no samba. A Equipe Olímpica de Refugiados levantou o Maracanã, um dos momentos mais bonitos.
Lamento que muitos Chefes de Estado não vieram prestigiar seus atletas devido ao clima de medo que se instalou no país.

Não me canso de dizer que o Brasil tem profissionais do mais alto gabarito, dos cientistas, aos arquitetos, paisagistas, médicos, economistas, funcionários, etc. cujo trabalho dignifica a profissão e nos faz prosperar.

Enquanto milhares de voluntários estão oferecendo seus esforços, de graça, para contribuir para o sucesso do Brasil nessa festa, nós temos na contramão milhares de políticos que ganham e roubam muito para dar marcha ré no país.

O Brasil tem muito a mostrar ao mundo e precisamos sair da posição de vira-lata, não é complexo não, somos realmente motivo mundial de chacota. E ainda convivemos com essa classe fantasiada de poderosos, mas quase toda bichada, mandando e desmandando e que eternamente nos deixará com o pires na mão.

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