A ciclovia da Avenida Niemeyer, obra caríssima da prefeitura
do Rio já tratada anteriormente por nós, criada para o prazer dos ciclistas,
não podia terminar em tragédia. Lamento profundamente pelas pessoas que
perderam suas vidas e somos solidários com suas famílias.
O desabamento da ciclovia foi destaque na imprensa
internacional que colocou em cheque a capacidade e credibilidade da cidade em
realizar os jogos Olímpicos de Agosto. Como se já não bastassem as fracas
vendas de ingressos no exterior, Zika, microcefalia, Chikungunya, surto de H1N1,
violência e o cenário político instável com a presidente falando em golpe(!),
mais um fator negativo surge nessa reta final aos jogos. Afinal, estariam as
outras obras Olímpicas também em risco?
Além de possíveis falhas no projeto e execução, não podemos
deixar de mencionar a falha da Geo Rio que é responsável pela fiscalização que,
pelo visto, não executou seu trabalho. Quem me acompanha sabe que sempre chamo
atenção para o descaso com viadutos, pontes e tudo que necessite de
conservação. O Elevado do Joá só não
caiu devido à nossa insistência pela recuperação do mesmo, quando a COPPE
anunciou o seu desgaste.
Mesmo se não houvesse o desabamento da ciclovia, as ondas
que invadiam as vias seriam capazes de derrubar as pessoas e causar acidentes
graves. Impensável não haver nenhum tipo de orientação, contingenciamento e
controle do tráfego na região. Como exemplo, esse tipo de ação é muito comum na
ponte Rio-Niterói, mas ninguém pensou nisso porque não estão acostumados a
pensar na população.
Essa parece ser a marca do prefeito Eduardo Paes, um sem
número de obras, algumas desnecessárias, sem consulta pública, alterações sem
planejamento e contratos muito suspeitos. Com o tempo limitado e a pressa em
terminar as obras, o acabamento fica precário deixando dúvidas sobre sua qualidade.
Uma lástima tudo isso.
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