Tomei conhecimento, através de um amigo, da real situação do
BRT.
O espanto foi enorme, pois além de comprovar o que já saiu
na imprensa sobre a qualidade do asfalto que está se esfarelando, o que mais me
chamou a atenção foram as estações: vandalizadas, quebradas, além de muita
sujeira digna de total desprezo pelo meio ambiente.
Comecei a pensar no motivo de tanta destruição, afinal
destruir um local de utilidade pública, que estas pessoas usam todos os dias, é
o mesmo que dar um tiro no pé.
Imaginei que nessas estações uma violência contida se
extravasava de forma avassaladora. Qual o significado dessa força destrutiva e
sem forma contra um bem comum tão útil à população?
Não se trata só de um problema de educação, alguns o fazem
por pura perversidade, movidos pela força do grupo, mas não acredito que sejam
a maioria.
Estamos sobre o primado da falta, temos um Congresso que dá
vontade de chorar, a falta de bons políticos é flagrante, a correção com o
nosso dinheiro inexiste, nos hospitais falta tudo ou ao contrário, milhões de
remédios se estragam e não chegam ao seu destino, as filas para se matricular
crianças levam horas, falta emprego, falta compaixão pelo povo, nosso dinheiro
sai pelo ralo.
Portanto, moradores dessa cidade superpovoada, estão
submetidos a um estresse gigantesco, que esmaga o pensamento, de tal forma, que
acabam agindo contra eles mesmo, tirando o pouco que têm. Sobra violência, não
há espaço para pensar a barbaridade que estão fazendo. O cansaço, a ira, o desgosto, dominam a mente
e vão destruindo o que encontram pela frente.
Parece que essa terrível catarse os alivia e podem seguir viagem
cantando. Triste espetáculo!
A urgência é grande e não conseguem protestar pacificamente.
Não me canso de dizer, o que os políticos mais temem são os protestos
pacíficos.
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