sexta-feira, 11 de outubro de 2013

O SEPE e a Síndrome de Estocolmo

A educação precisa de socorro
É inacreditável que o SEPE considere os Black Blocs verdadeiros defensores da categoria na luta contra os policiais.

Lamento muito que essa frase fosse emitida por educadores. Veio para comprovar a ruína da educação brasileira devida ao estresse diário e à indefinição de suas vidas. Essa menção de gratidão aos Black Blocs só pode ser entendida como uma inversão e uma manifestação da Síndrome de Estocolmo.

Há muitos anos a classe de educadores, vem sendo alijada em todos os sentidos: salários baixíssimos, prédios escolares carecendo de conservação, degradados , excesso de alunos na sala de aula. Cabe a eles a administrar o ensino e até a educação, pois muitos pais são ausentes. Sofrem atentados físicos por parte dos alunos, ameaças sofridas pelos pais, quando existe necessidade de punição, aos seus filhos etc. São inúmeras as violências sofridas.

Reinvindicações sem Black Bloc
Pelo visto, os professores se identificaram com todo essa violência a qual é representativa dos Black Blocs e se justificam pelo grande estresse pelo qual estão passando, após tanta desvalorização dessa categoria profissional  e tantas negociações infrutíferas. Qualquer tentativa de aumento salarial é sempre escalonado e durante cinco anos, em um país cujas regras do jogo mudam a cada instante ao bel prazer do governo.

O Black Bloc é o que há de mais perverso, violento, destruição por puro prazer, prejudicial a tudo e a todos e depois ainda se gabando de sua ideologia. Destroem prédios públicos, propriedades privadas, cujos donos, geralmente não estão prejudicando a ninguém, os nossos infelizes, porém necessários ônibus, abrigos de ônibus, lixeiras, destruindo o pouco que temos.

Concordo que, para o professor, que ainda trabalha em casa, preparando aula e corrigindo trabalho escolar, lidando com alunos, muitas vezes desinteressados, quer por dificuldades emocionais ou a devido a um currículo antediluviano que em nada ensina a pensar, e que precisa, também,administrar sua vida pessoal, o desgaste é enorme.

Desejamos, porém, que mesmo diante de tantas dificuldades, os professores consigam parar para pensar e voltar ao seu equilíbrio porque este país já assistiu a cenas degradantes e uma classe tão respeitada e apoiada pela população, não pode estar ligada aos Black Blocs. Essa mancha precisa ser dissipada.

Notícias do mensalão:


O Ministro Joaquim Barbosa, um homem defensor de sua pátria e consciente de suas atribuições de Presidente da mais alta Corte do país, agiu corretamente ao resolver se distanciar de mais um julgamento do mensalão. Lutou bravamente, a custa de muito sofrimento físico, durante o julgamento e presenciou a um desfecho chocante. Seu lugar, Excelência, é na Corte e não em um picadeiro.  

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