A educação precisa de socorro |
É inacreditável que o SEPE considere os Black Blocs
verdadeiros defensores da categoria na luta contra os policiais.
Lamento muito que essa frase fosse emitida por educadores.
Veio para comprovar a ruína da educação brasileira devida ao estresse diário e à
indefinição de suas vidas. Essa menção de gratidão aos Black Blocs só pode ser entendida
como uma inversão e uma manifestação da Síndrome de Estocolmo.
Há muitos anos a classe de educadores, vem sendo alijada em
todos os sentidos: salários baixíssimos, prédios escolares carecendo de
conservação, degradados , excesso de alunos na sala de aula. Cabe a eles a
administrar o ensino e até a educação, pois muitos pais são ausentes. Sofrem atentados
físicos por parte dos alunos, ameaças sofridas pelos pais, quando existe
necessidade de punição, aos seus filhos etc. São inúmeras as violências
sofridas.
Reinvindicações sem Black Bloc |
Pelo visto, os professores se identificaram com todo essa
violência a qual é representativa dos Black Blocs e se justificam pelo grande
estresse pelo qual estão passando, após tanta desvalorização dessa categoria
profissional e tantas negociações
infrutíferas. Qualquer tentativa de aumento salarial é sempre escalonado e
durante cinco anos, em um país cujas regras do jogo mudam a cada instante ao bel
prazer do governo.
O Black Bloc é o que há de mais perverso, violento,
destruição por puro prazer, prejudicial a tudo e a todos e depois ainda se
gabando de sua ideologia. Destroem prédios públicos, propriedades privadas, cujos
donos, geralmente não estão prejudicando a ninguém, os nossos infelizes, porém
necessários ônibus, abrigos de ônibus, lixeiras, destruindo o pouco que temos.
Concordo que, para o professor, que ainda trabalha em casa,
preparando aula e corrigindo trabalho escolar, lidando com alunos, muitas vezes
desinteressados, quer por dificuldades emocionais ou a devido a um currículo
antediluviano que em nada ensina a pensar, e que precisa, também,administrar
sua vida pessoal, o desgaste é enorme.
Desejamos, porém, que mesmo diante de tantas dificuldades, os
professores consigam parar para pensar e voltar ao seu equilíbrio porque este
país já assistiu a cenas degradantes e uma classe tão respeitada e apoiada pela
população, não pode estar ligada aos Black Blocs. Essa mancha precisa ser dissipada.
O Ministro Joaquim Barbosa, um homem defensor de sua pátria e
consciente de suas atribuições de Presidente da mais alta Corte do país, agiu
corretamente ao resolver se distanciar de mais um julgamento do mensalão. Lutou
bravamente, a custa de muito sofrimento físico, durante o julgamento e presenciou
a um desfecho chocante. Seu lugar, Excelência, é na Corte e não em um picadeiro.
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