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Promessas vazias, tragédias frequentes |
- No início de 2013, já contabilizamos 31 mortos e
mais de 1000 pessoas desabrigadas. Foram inúteis os esforços da UFRJ que há
dois anos sinalizaram para os riscos das encostas do Bairro Quitandinha. Há 15
mil famílias em área de risco, só em Petrópolis.
- No Brasil cerca de 700.000 pessoas vivendo em
áreas encostas perigosas. Uma situação dessas, sem nenhuma providência, é de
estarrecer qualquer ser humano que preze a vida.
- Com o fechamento da seção de Transplantes de
Fígado e Rim do Hospital de Bonsucesso, devido à precariedade técnica e de
pessoal especializado, assistimos horrorizados a morte de duas crianças, fora
os adultos. A SAÚDE PEDE SOCORRO!
- O nosso sertão, cantado em prosa e verso, sob os
efeitos de uma seca terrível, mais uma vez amarga com a destruição da
agricultura e perda do gado. A população recorre a São José que, num gesto de
misericórdia, providencia as primeiras chuvas para alegria de todos. É o Poder
Divino substituindo o poder público (com letra minúscula representativa da sua
inoperância).
- Viadutos, pontes, elevados como o do Joá, que
recebeu sinal de alerta da COPPE UFRJ, e que está sendo remendado porque nosso
prefeito não dispõe de recursos, todos gastos com os próximos eventos, e nem
quer perder seu precioso tempo com “firulas”. Os rios que cortam a cidade se
apresentam completamente assoreados, sem dragagem, levando a população ao
desespero com inundações que destroem seus pertences. A desculpa do governo:
choveu em cinco horas mais do que o mês todo.
- Saneamento básico em estado insustentável.
Grande parte da população não o possui e os que o tem estão sujeitos a
frequente mau cheiro e rompimento de tubulações bem fragmentadas.
- Estradas sem conservação e motoristas
irresponsáveis que levam a um número de
mortes compatível com os resultados de uma guerra. Imaginem se não houvesse a
Lei Seca.
- Praias poluidíssimas ameaçando a saúde da
população com doenças graves, como
hepatite e afecções dermatológicas e para completar, ambulantes vendendo
insalubridade.
- O ENEM, que vem evoluindo, chegando ao top - a mais
nova aberração, que confere pontos a estudantes debochados e irreverentes, com
suas receitas de miojo e letras de hinos de clube que deveriam receber nota
zero. Não dá nem para pensar como é que um avaliador dá a nota máxima à erros
grosseiros de português. Essas correções díspares podem levar os alunos mais responsáveis
a crises de desconfiança, ao desânimo e a insegurança, atrapalhando e
conturbando seu psiquismo ou até incentivando a preguiça dos mais malandros, já
que se cair na mão de um corretor benevolente, qualquer coisa serve. O mais
justo, no meu modo de entender, é erradicar a redação e substitui-la por
questões objetivas que incluam grafia e concordância, infelizmente, até que
surjam corretores mais responsáveis.
- O exposto acima conferiu à sétima economia do
mundo, o vergonhoso 86º lugar no ranking mundial relativo ao IDH.
Então, quanto vale a vida do brasileiro? Pelas aparências, NADA.
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