sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Lava Jato chega em Sergio Cabral

Custou mas chegou ao nosso conhecimento, sob a forma de delação, a promiscuidade entre Sergio Cabral, ex. Governador do Rio, e Fernando Cavendish, dono da Delta Construções, encarregado de obras milionárias no nosso Estado.

Entre passeios nos elegantes circuito Paris-Mônaco, Sergio e Cavendish usaram e abusaram do direito de desrespeitar o povo. Hotéis caríssimos, jantares, nem se fala, em restaurantes três estrelas, eram a “première” de obras que nos custariam mais de$ 538 milhões.

Não pararam aí os mimos, para Cabral uma Land Rover e para sua esposa um anel Van Cleef & Arpels, joalheria de milionários árabes, no valor de 800 mil reais. Quando a situação do empreiteiro começou a se complicar, o sabido Sergio devolveu o anel e terminou a amizade de muitos anos, assim como os inúmeros passeios de luxo.

O que passa na cabeça de uma pessoa como Cabral ao se permitir tamanha orgia com os cofres públicos? A certeza da impunidade, a onipotência ao se considerar dono do Estado, a insensatez relativa aos danos causados à população, a apatia do povo, a falta de sensibilidade ou à perversidade mesmo? Quem sabe é um pouco de tudo...

Mas a corrupção mata, ela deixa no seu rastro hospitais sem verba e sem médicos, escolas muito aquém das necessárias, crianças nas ruas, enquanto os nossos impostos são desviados para que ele possa usufruir da vida de milionário. As finanças do Estado ficaram em situação tão crítica que bastou uma queda na arrecadação dos royalties do petróleo para tudo ruir em uma tremenda crise.

Não dá nem para engolir que seu jovem filho ainda foi eleito deputado federal, depois de tudo que passamos.

E ainda vem mais por aí, agora a Odebrecht o acusa de cobrar propina de 5% do total do contrato da construção fabulosa do “novo” Maracanã, que está em sua terceira reforma em 10 anos.

Mais importante do que ele preso é o dinheiro devolvido, os trabalhadores do Rio não merecem ficar sem seus salários, nem a cidade padecer de tremenda insegurança. Falta verba para tudo. Nota máxima para minha indignação.

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