Em nome de Deus ele faz o Diabo |
Que a presidente perdeu o controle do governo, e a tentativa de trocar ministérios por apoio foi uma tragédia, anunciada, ninguém duvida,
porém creio firmemente que mais grave do que isso é o que vem acontecendo, dia após dia, na Câmara dos Aloprados.
Logo após a população se entusiasmar com a Operação Lava-Jato, conduzida pelo juiz Sergio Moro, eis
que surge na arena dos deputados um verdadeiro Baile da Ilha Fiscal (torcemos para que termine igual a Noite das Garrafadas).
Eduardo Cunha está confiante de que se sofresse um processo
judicial, decorrente da Operação Lava-Jato, não teria seus direitos cassados
pelo STF, pois há centenas de parlamentares na mesma situação gozando de
pleno exercício político.
Esses argumentos estarrecedores e nocivos viraram um delírio
coletivo. Os deputados, não todos felizmente, desejam anistiar pessoas que
possuem dinheiro no exterior, independente da origem do mesmo. Tanto faz a
procedência ser do fruto do seu trabalho, como de corrupção, tráfico de drogas,
lavagem de dinheiro ou qualquer imoralidade maior.
Se existe uma convocação para a população comparecer às ruas
no dia 15, deve ser para nos posicionarmos formando um dique humano poderoso que
possa conter e desestimular a tsunami de vergonha e perversão que se infiltrou
em todo país. Se há milhares de pessoas sob suspeição de desestabilizar as
nossas vidas provocando uma corrupção sem limites, quer seja político,
funcionário público, senador ou qualquer pessoa inidônea em cargos públicos, têm
que ser afastadas até que se
prove sua inocência.
Podemos lembrar, em épocas não tão distantes, do ex-presidente
Itamar Franco que afastou do cargo Henrique Hargreaves, até que sua inocência fosse
comprovada e ele retornasse ao seu posto.
A população está cabisbaixa ao constatar que figuras execráveis
se mantem no poder graças à leniência do judiciário. Fantasiados de homens
honestos, esses deputados ditam as leis, e algumas regras delirantes como essa
do repatriamento do dinheiro.
Se o Brasil se gaba de ter enfrentado a Fome, devemos lutar
agora contra a imoralidade e a perversão, sugiro o “Corrupção Zero”!
Até eu que sou adepta da educação, acho que este é o momento
de se construir presídios ao invés de escolas. Está na hora destes debochados pagarem e nós pararmos de empurrar com a barriga. O Brasil precisa ser um país de
verdade. Chega de presidente fake, políticos fake, ministérios fake. Queremos
retidão, competência e pudor.