Concordo com a sua ideia, porém me permito fazer duas observações:
1) Nossa segurança é ainda muito comprometida, dai a razão
das grades e muros;
2) Temos um Prefeito trabalhador, mas bem despreocupado com
o senso estético da cidade de um modo geral. Seus objetivos dizem respeito à
arrecadação, a ser popular, a executar as obras dos próximos eventos (o que é
necessário, mas a cidade está repleta de problemas) e também denotando grande
avidez no que se refere ao futuro político.
A título de ilustração cito algumas aberrações que também são prioritárias, urgentes e certamente reprovadas no quesito estético contribuindo para que a
cidade perca sua identidade tão bela e única:
1) Os monstrengos de 50 andares no Porto Maravilha.
2) O pier em Y na Zona Portuária
3) A Marina da Glória e o tão condenado projeto de Eike
Batista.
4) O massacre estético do
Leblon que, a partir da falta de planejamento, transformou-se em um amontoado
de bares e restaurantes, perdendo totalmente a sua característica de bairro
residencial.
http://sosleblon.blogspot.com.br/2012/09/lucrando-com-aberracao.html
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5) Bares como o Chico e Alaíde, de aspecto sujo, que perdem
para qualquer Pé Sujo, sem falar no Belmonte, monumento ao mau gosto, ambos
tomando a calçada toda de forma muito mais agressiva que as grades dos prédios
que nos trazem certa proteção. Restaurantes sofisticados como o Sushi Leblon
carecem de conservação da fachada e os que “querem ver e serem vistos” ocupam toda
calçada e deixam para os transeuntes somente A RUA. O mesmo acontece com o Deusimar
Sushi cujo "salão" é a calçada e também o redor da árvore, preparado para receber seus
fregueses.
6) O absurdo dos blocos de carnaval, que de fato trazem
alegria para milhares de foliões, por algumas horas, mas também deixam no seus rastros para os moradores toneladas de lixo, sujeira e um odor horrível por
muitos e muitos dias.
7) O desaparecimento da COMLURB durante as obras do Metrô, cuja direção parece pensar que “já que estamos em obra, não precisamos limpar” de modo que as
ruas ficam sujas e empoeiradas tornam um desprazer transitá-las, além de serem uma
fonte de insalubridade.
8) Estacionamento nas esquinas, apoiada pela Guarda
Municipal, de modo que atravessar a rua é sempre um perigo, pois se perde a
visibilidade além de forçar o pedestre a caminhar pela rua e não pela calçada.
9) Vans escolares de 6 toneladas estacionadas nas nossas
portas, detalhe: elas servem a Escola Parque na Gávea, mas gostam das ruas do
Leblon como garagem VIP. http://sosleblon.blogspot.com.br/2012/08/vans-escolares-enormes-deitam-e-rolam.html
10) Para completar toda esta exuberante beleza e sofisticação,
o nosso cartão postal, as praias, tornaram-se uma verdadeira Babel, repleta de
ambulantes cujas barracas ostentam um plástico azul horrendo, tudo
regulamentado pela prefeitura.
Parabéns ao senhor Ralph Rodrigues Lifschits pela sua preocupação com a cidade que está sendo abandonada esteticamente.