sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Política das Aparências

Nossos políticos e governantes privilegiam as aparências. No que diz respeito ao sistema de cotas das Universidades Federais, teremos cinquenta por cento de alunos preparadíssimos (o que deve ser exigido de candidatos ao ensino superior) e cinquenta por cento de alunos mal preparados ou despreparados.

Esse confronto no ensino superior é alarmante. Os currículos deverão ser adequados para  qual dos dois grupos? Se for para o primeiro (alunos preparados), o segundo grupo não acompanhará; se for para o segundo, pobre Brasil, tão necessitado de avanço tecnológico.
Na ânsia de serem eleitos, os governantes e políticos tentam exibir uma justiça social que é estapafúrdia. Cinquenta por cento de nossa população não possui uma moradia digna, mas exibirá um canudo inválido.

O mesmo pode ser observado nos cuidados dedicados à  Zona Sul do Rio de Janeiro. Em ruas principais do Leblon nota-se, nas que aparecem, maior esmero e com policiamento ostensivo. As ruas internas, as que não aparecem, como  Alfredo Russel, final da Gal. Urquiza e até a Praça Baden Powell, passaram a ser depósito de vans escolares, caminhão de material de construção, carros nas esquinas, na contramão, nas portas das  garagens, deixando o motor ligado, poluindo o ambiente. Para os moradores que pagam IPTU diferenciado para mais, é uma grave injustiça e um ataque à nossa cidadania.

Outra exibição: milhões gastos no Porto Maravilha, destruição e reconstrução do Maracanã, demolição da avenida Perimetral, tudo belíssimo, o que é ótimo. Contudo, o Piscinão de Copacabana é um exemplo de nossa rede subterrânea em frangalhos, sujeita diariamente a remendos, não apenas  paliativos, mas  também aberrações estéticas.

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